sexta-feira, 27 de maio de 2011

Combustível e preço do frete pressionam desempenho de armadores, afirma consultoria



A alta no preço dos combustíveis e a redução no valor do frete marítimo devem piorar o desempenho das empresas de navegação no segundo trimestre de 2011, com manutenção da tendência de queda nas tarifas mesmo em época de forte contratação. A conclusão é da consultoria marítima Alphaliner, com base em informações de alguns dos principais armadores em operação no mundo.

Relatório semanal da consultoria mostra que o cenário atual obrigou as empresas a adiarem para junho os planos de aumento nas tarifas de US$ 200 a US$ 300 por TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) no Extremo Oriente e no Norte da Europa. E que, a despeito de alguma recuperação no mercado à vista, os contratos para o período 2011/2012, em vigor a partir de maio, devem ser fechados com valores abaixo dos negociados no ano passado.


Para o diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação (Centronave), Elias Gedeon, é natural que o cenário externo no setor tenha reflexos também na navegação de longo curso no Brasil, operada por grandes armadores internacionais. “O fato é que o setor de navegação ainda não se recuperou totalmente da crise financeira de 2008/2009, quando as quedas nos valores do frete chegaram a ser de 60% no segmento de contêineres, de acordo com consultorias internacionais especializadas, como Drewry e Alphaliner. Naquele período, o volume de embarques chegou a cair 30%”, analisa Gedeon.

O dirigente lembra que a partir de 2010 ocorreu leve recuperação, “ainda não suficiente para retornar aos patamares pré-crise global”, o que contribuiu para estreitar a margem de lucro das empresas de navegação. No último trimestre do ano passado, o valor médio do frete caiu 13% em todo o mundo, segundo a Alphaliner.


Fonte: http://www.conexaomaritima.com.br/novo/index.php?id=1-8026

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