terça-feira, 31 de maio de 2011

Petrobras procura sócios para PetroquímicaSuape

Na lista das conversas da estatal, segundo uma fonte, estão Braskem e Reliance, mas nada ainda foi concluído



Ipojuca - A Petrobras está em busca de possíveis sócios para a PetroquímicaSuape, fábrica de produtos petroquímicos que está sendo construída perto de Recife, Pernambuco, um empreendimento que a estatal assumi inteiramente durante a crise de 2008, depois que o sócio Vicunha, que tinha 60 por cento, desistiu da empreitada.

Inicialmente com interesse de deter apenas 20 por cento de uma das três unidades da petroquímica --a que vai produzir ácido tereftálico purificado (PTA), matéria-prima do poliéster e das embalagens PET-- a Petrobras decidiu assumir toda a obra para evitar sua parada e assim garantir o abastecimento do produto que atualmente é importado pelo Brasil.

"Depois que a gente construir queremos ter sócios privados, mas a prioridade agora é acabar a obra", explicou Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobras, sem querer citar nomes, durante visita à refinaria nesta segunda-feira.

Na lista das conversas da estatal, segundo uma fonte, estão Braskem e Reliance, mas nada ainda foi concluído.

A previsão é de que a unidade de PTA entre em operação no segundo semestre deste ano e as outras duas --uma para produção de polímeros e fios de poliéster e outra para fabricação de resina PET-- no ano que vem.

Segundo Costa, o Brasil vai economizar cerca de 1 bilhão de dólares em divisas com a substituição do produto importado. O volume que será produzido de PTA vai atender 80 por cento do consumo nacional.

A unidade petroquímica, que vai produzir a matéria-prima para fios e embalagens PET, um investimento de 4,9 bilhões de reais, fica ao lado da refinaria Abreu e Lima, projeto para o qual a Petrobras também espera um sócio: a estatal venezuelana PDVSA.

Fruto de um acordo em uma época em que, segundo Costa, tudo era diferente --"não tínhamos o pré-sal, as reservas brasileiras eram pequenas"--, a refinaria Abreu e Lima, projeto de 26 bilhões de reais, já está 35 por cento construída e até o momento absorveu 7 bilhões de reais apenas da Petrobras, oriundos de um empréstimo de 10 bilhões de reais com o BNDES e pelo o qual a PDVSA ainda tem que dar garantias se quiser participar do investimento.

Espera por Venezuela - A PDVSA decide até agosto se vai entrar no projeto, já que os recursos do BNDES terminam em setembro e a Petrobras terá que usar o seu próprio caixa para finalizar o restante da obra, ou cerca de 16 bilhões de reais.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/empresas

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