Resultado foi destacado pelo diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários Mario Povia
Novo modelo de administração da dragagem do canal foi debatido no Santos Export (Foto: Carlos Nogueira/AT)
A gestão privada da dragagem do Porto de Santos reduzirá os custos da obra e, consequentemente, trará uma economia para os usuários do complexo marítimo. A constatação é do diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Mario Povia. Segundo o executivo, o modelo de consórcio é o mais adequado para garantir a continuidade do serviço no cais santista.
Povia analisou a questão da dragagem de Santos durante sua participação, ontem, no painel que discutiu a necessidade de um novo modelo de contratação do serviço, na 15ª edição do Santos Export - Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos. O evento, que terminou nesta terça-feira (12), é promovido pelo Grupo Tribuna e pela Una Marketing de Eventos, o Santos Export se consolidou como um dos maiores fóruns de debates portuários do País.
As recentes e constantes reduções do calado operacional (fundura máxima que as embarcações podem atingir quando totalmente carregadas) do Porto reacenderam as discussões sobre a necessidade de garantir um serviço de dragagem de qualidade e perene. Por conta disso, entidades do cais santista se reuniram e fizeram uma proposta ao Governo Federal de concessão da obra à iniciativa privada.
A ideia prevê a criação de um consórcio formado por arrendatários, operadores portuários, terminais privados e, possivelmente, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária). A nova empresa, que pode ser uma sociedade de propósito específico (SPE), terá como único objetivo garantir a dragagem do Porto. Como remuneração, ela receberá parte da tarifa destinada à manutenção das profundidades do cais santista, cobrada pela Codesp. Pela proposta, a entidade não terá fins lucrativos.
“O mercado, quando contrata com o poder público, coloca uma série de riscos. Todas as questões de impugnação, tudo aquilo que é inerente ao contrato administrativo, ingerências de órgãos, Ministério Público. Isso vai de alguma forma para o custo. Quando a contratação é privada, é uma outra dinâmica. É uma constatação de redução de custos”, explicou Povia.
Fonte: http://www.atribuna.com.br
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