A Agência Nacional de Transportes Aquaviário – ANTAQ divulgou nesta segunda-feira (11) o Boletim Informativo Aquaviário com as estatísticas da movimentação dos portos organizados e instalações portuárias privadas do segundo trimestre de 2017.
Os dados, disponíveis no link no final desta matéria, mostram que os portos organizados e os terminais privados (TUPs) movimentaram 270,6 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2016, totalizando um acréscimo de 11,3 milhões de toneladas.
Segundo o Boletim, que é produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho, o resultado do setor portuário brasileiro, no segundo trimestre deste ano, foi afetado principalmente pela movimentação de commodities, com crescimento de 4,4% no grupo de minérios, e de 2,9% em sementes e frutos oleaginosos.
Em relação aos TUPs, houve um aumento de 7,1%, nesse segundo trimestre, em comparação a igual período do ano passado, encerrando uma sequência de duas quedas consecutivas em sua movimentação. No primeiro trimestre de 2017, o aumento havia sido da ordem de 8,8% frente ao mesmo período de 2016.
Já os portos organizados apresentaram queda de 0,5% no segundo trimestre de 2017, quando comparado com igual trimestre de 2016.
Os destaques entre os grupos de mercadorias de maiores movimentações no segundo trimestre de 2017 continuaram sendo o grupo de minérios (107,7 milhões de toneladas, acréscimo de 4,4%) e combustíveis minerais (56,8 milhões de toneladas, acréscimo de 2,9%). O destaque negativo foi a movimentação de contêineres (24,9 milhões de toneladas, recuo de 0,9%) e os resíduos do óleo de soja (3,7 milhões de toneladas, queda de 9%).
Os terminais de uso privado, responderam por 65,6% da movimentação do trimestre, enquanto que 34,4% ocorreu nos portos organizados (aproximadamente 93,2 milhões de toneladas de carga bruta).
Os dez principais portos organizados, em movimentação, movimentaram aproximadamente 81,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 87,2% da movimentação total dos 31 portos organizados que registraram operação no segundo trimestre deste ano. Os destaques foram Paranaguá, com crescimento de 3,9%; Itaqui, que registrou um avanço da ordem de 4%, e São Francisco do Sul, que obteve uma alta de 7% na comparação entre os segundos trimestres de 2016 e 2017.
Já os terminais de uso privado (TUPs) registraram movimentação de 177,5 milhões de toneladas brutas, sendo um dos destaques o Terminal Aquaviário de São Sebastião, que na comparação com o 2º trimestre de 2016 teve alta de 19,1%, um incremento de aproximadamente 2 milhões de toneladas. Outro destaque foi o Terminal portuário do Pecém, que obteve 57,9% de aumento em comparação ao segundo trimestre de 2016.
Tipos de navegação
A navegação de longo curso foi a mais representativa dos tipos de navegação, com 74,5% do total de cargas movimentadas no segundo trimestre de 2017. Em seguida, vem a cabotagem (19,5%), navegação interior (5,7%) e apoio marítimo e portuário (0,3%).
A principal explicação para o acréscimo no segundo trimestre se deveu ao desempenho registrado na tonelagem exportada de Combustíveis Minerais (+20,1%) e na importação de Fertilizantes (+10,2%). As exportações corresponderam a 82,1% da movimentação de longo curso no período.
A navegação de cabotagem apresentou uma leve alta na movimentação do segundo trimestre de 2017 em relação a igual período do ano passado (0,8%), somando 52,7 milhões de toneladas. Se tratando do transporte de cargas, efetuado via navegação de cabotagem, ocorreu um ligeiro avanço da ordem de 1% em relação ao mesmo período de 2016.
As principais mercadorias movimentadas na cabotagem, em participação, foram petróleo (61,7%), bauxita (11,2%) e contêineres (11%). A movimentação de contêineres na cabotagem registrou alta de 4,9% no segundo trimestre desse ano, quando comparado com o mesmo período de 2016.
Já na navegação interior, foram movimentados 15,4 milhões de toneladas, aumento acima de 20%. Esse bom desempenho se deve ao crescimento de 5,4% no grupo de sementes e grãos, bem como a boa performance do grupo de Minérios, que registrou aumento de 114,1% no segundo trimestre desse ano, quando comparado ao mesmo período de 2016.
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