sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Projeto Morador emperra em Suape

Compromisso foi firmado no último dia de governo de Mendonça Filho, em 2006, e até hoje não foi cumprido pela administração pública. Enquanto isso, moradores perdem casa e meio de sustento

A discussão sobre a posse das terras do Complexo Industrial Portuário de Suape se estende desde a criação do porto, há três décadas. A disputa se acirrou nos últimos anos, quando os terrenos passaram a ser cobiçados por empresas interessadas em se instalar no porto, considerado como vitrine do desenvolvimento econômico do Estado.

 Uma das soluções apontadas para o problema seria o chamado Projeto Morador, que tem como proposta consolidar algumas das vilas residenciais existentes e dedicar outras áreas para abrigar os posseiros que terão que sair das áreas consideradas estratégicas para o complexo. Apesar de ter sido criado no final do governo de José Mendonça Filho e de Eduardo Campos ter se comprometido a honrar o programa, a iniciativa não avançou.

O resultado da demora em regularizar a situação dos posseiros resulta em conflitos entre a diretoria de Suape e os agricultores. Na Justiça tramitam pelo menos 500 ações impetradas pela diretoria de Suape pedindo a reintegração de posse das áreas. O problema já chegou até as delegacias de polícia, com os agricultores se queixando de ameaças e do descumprimento dos direitos humanos.

 O capítulo mais recente foi publicado, ontem, em matéria do JC. Depois de adquirir 60 hectares de terra de Suape, a Itapoama Mineração destruiu o plantio de posseiros do Córrego do Urubu, em Ipojuca, sem pagar indenização das benfeitorias. O porto vendeu as terras sem desapropriar a área. Leia mais

Fonte: http://www.portosenavios.com.br/

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