terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sistema vai avisar portos sobre mau tempo



Os principais portos brasileiros ganharão uma ferramenta para medir com mais precisão as restrições impostas pelo mau tempo, que por vezes interrompe o tráfego de navios e atrasa o fluxo do comércio exterior.
A Secretaria de Portos (SEP) está contratando um estudo para a implantação, até 2014, do serviço de VTS (Vessel Traffic Service), um sistema de gerenciamento e monitoramento eletrônico, já utilizado no exterior, que dará mais subsídios para a autoridade marítima aferir se há ou não condições de navegabilidade.

O orçamento de R$ 146,3 milhões está previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
  
Os primeiros a receber o VTS serão Itaguaí, Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande (RS), Aratu/Salvador (BA), além de Santos, que não entra na conta porque implantará com recursos do próprio caixa.
  
"O mais importante é que será possível estabelecer um critério mais objetivo para a interrupção ou não das manobras. Teremos um parâmetro", diz Carlo Bottarelli, presidente da Triunfo
Participações, um dos investidores do terminal Portonave, localizado no complexo portuário de Itajaí - que não consta da primeira leva de portos a receber recursos federais para o serviço.
"O VTS é uma grande vantagem especialmente para os portos do Sul, que sofrem com a questão sazonal do mau tempo limitando o acesso do navio, seja por conta da formação de ondas ou do nevoeiro", avalia o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Roberto Galli.
  
De acordo com um dos maiores armadores de porta-contêineres com atuação no Brasil, a estimativa do número de dias perdidos por más condições de navegabilidade chegou a cerca de 70 entre janeiro e setembro de 2010 apenas em portos da região Sul.
  
Atualmente, o porto de Santos está licitando o serviço de VTS, investimento de R$ 15 milhões a ser pago pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Será composto por quatro torres de monitoramento instaladas ao longo do estuário e uma central de processamento e supervisão dos dados transmitidos pelas torres. Leia mais

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