Os principais portos brasileiros ganharão uma ferramenta para medir com mais precisão as restrições impostas pelo mau tempo, que por vezes interrompe o tráfego de navios e atrasa o fluxo do comércio exterior.
A Secretaria de Portos (SEP) está contratando um estudo para a implantação, até 2014, do serviço de VTS (Vessel Traffic Service), um sistema de gerenciamento e monitoramento eletrônico, já utilizado no exterior, que dará mais subsídios para a autoridade marítima aferir se há ou não condições de navegabilidade.
O orçamento de R$ 146,3 milhões está previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O orçamento de R$ 146,3 milhões está previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os primeiros a receber o VTS serão Itaguaí, Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande (RS), Aratu/Salvador (BA), além de Santos, que não entra na conta porque implantará com recursos do próprio caixa.
"O mais importante é que será possível estabelecer um critério mais objetivo para a interrupção ou não das manobras. Teremos um parâmetro", diz Carlo Bottarelli, presidente da Triunfo
Participações, um dos investidores do terminal Portonave, localizado no complexo portuário de Itajaí - que não consta da primeira leva de portos a receber recursos federais para o serviço.
"O VTS é uma grande vantagem especialmente para os portos do Sul, que sofrem com a questão sazonal do mau tempo limitando o acesso do navio, seja por conta da formação de ondas ou do nevoeiro", avalia o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Roberto Galli.
De acordo com um dos maiores armadores de porta-contêineres com atuação no Brasil, a estimativa do número de dias perdidos por más condições de navegabilidade chegou a cerca de 70 entre janeiro e setembro de 2010 apenas em portos da região Sul.
Atualmente, o porto de Santos está licitando o serviço de VTS, investimento de R$ 15 milhões a ser pago pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Será composto por quatro torres de monitoramento instaladas ao longo do estuário e uma central de processamento e supervisão dos dados transmitidos pelas torres. Leia mais
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