quinta-feira, 17 de março de 2011

Portos japoneses podem passar meses desativados

Terminais exportam 7% de tudo o que o Japão produz; prejuízo pode ser de R$ 5,4 bi por dia



O terremoto e os tsunamis que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) causaram graves danos aos portos do país. Com uma economia baseada na exportação, portos fechados podem significar perdas de R$ 5,4 bilhões (US$ 3,4 bi) por dia para a economia japonesa, segundo a publicação do setor Lloyd’s Intelligence.


Cerca de 7% de tudo o que o Japão fabrica sai do país pelos portos. Grande parte disso não será exportada. Além das exportações, a estrutura portuária também é essencial para que o Japão receba ajuda externa, matérias primas e produtos que possam ajudar a reconstruir as áreas devastadas.

O tremor de 8,9 graus na escala Richter afetou principalmente portos que embarcavam contêineres para indústrias de produtos eletrônicos, como a Hitachi e a Daikin.

O analista da empresa Nomura Securities, de Tóquio, diz que o impacto do desastre foi maior do que o do terremoto de Kobe, que atingiu o Japão em 1995 e matou 6.000 pessoas.

- Após o terremoto de Kobe, a atividade no transporte de cargas levou três meses para voltar aos níveis pré-terremoto.

Os portos de Tóquio e de todas as regiões localizadas ao sul da capital estavam operando normalmente após o tremor.

Os portos de Hachinohe, Sendai, Ishinomaki e Onahama, que ficam no nordeste do país, devem passar meses ou até anos sem funcionar. Apesar destes serem portos considerados médios, especializados no transporte de contêineres, alguns também manipulavam combustíveis e alimentos.

Para o gerente de operação Tetsuya Hasegawa, a recuperação será demorada.
- Esses portos precisarão de muito tempo até que possam ser plenamente restaurados

Prejuízo

No ano passado, o comércio marítimo do Japão, terceira maior economia mundial, totalizou R$ 2,5 trilhões (US$ 1,5 trilhão). Os valores foram convertidos de dólar para real a partir do custo das duas moedas nesta segunda (US$ 1 equivalendo a R$ 1,66). Leia mais sobre o assunto

Fonte: http://noticias.r7.com/

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