terça-feira, 26 de julho de 2011

Pernambuco importa 60% a mais



Crescimento das importações pernambucanas foi o dobro da média registrada na Região Nordeste e no País

As importações pernambucanas cresceram 60%, mais que o dobro das compras internacionais do Nordeste e do País entre janeiro a maio deste ano. O percentual chamou a atenção dos jornalistas por ter se descolado completamente do efeito dólar baixo.

Os destaques na importação têm uso como matéria-prima nas fábricas do Estado, especialmente no Complexo Industrial Portuário de Suape. Produtos da indústria petroquímica e até automóveis agora são as grandes estrelas do “top 50” das mercadorias internacionais que entram no Brasil através de Pernambuco.

No Brasil, as importações subiram 29% e no Nordeste a alta foi de 27%.

A liderança entre os importados pernambucanos é do ácido tereftálico purificado (PTA), principal insumo da resina PET produzida italiana Mossi & Ghisolfi (M&G). A utilização mais comum da resina é para as conhecidas garrafas PET.

Mesmo com uma parada em sua produção em maio por problemas no maquinário resultantes do apagão nordestino, ocorrido em fevereiro, a M&G importou 173 mil toneladas de PTA a US$ 225 milhões, valor 33% acima do gasto no mesmo período do ano passado com o ácido tereftálico.

“Desde que a M&G começou a operar (em 2007) passou a ter grande influência na balança comercial”, comenta o economista André Magalhães.

Outros produtos químicos e derivados de petróleo também tiveram destaque. Porém, a indústria de alimentos e bebidas também aparece forte.

O quinto colocado na balança, o trigo, cresceu 9%, para quase US$ 54 milhões e o malte, embora tenha registrado uma queda de 30%, ficou na oitava posição.

As importações de automóveis, que até o ano passado não tinham alcançado posição relevante na balança comercial, agora figuram na sexta posição, com US$ 48 milhões. Isso é resultado da consolidação das operações da GM por Suape.

“À medida que Suape avança, o Estado importa mais e mais bens intermediários”, diz Carlos Magno, da Consultoria Datamétrica. Segundo ele, os insumos industriais subiram 38% até maio.

Giovanni Sandes

Jornal do Commercio

Colaborador: Marcelo Castro



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