segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fretadores europeus querem incentivos sustentáveis, não taxas

Para órgão regulador, punições serão repassadas aos consumidores.



O ESC (European Shippers Council), conselho de fretadores europeus, fez uma declaração, nesta semana, demandando que o EEDI (Energy Efficiency Design Index), índice de eficiência energética elaborado pela IMO (International Maritime Organisation, órgão regular da indústria marítima mundial e pertencente às Nações Unidas) e implementado recentemente, seja baseado em incentivos e não em taxas de penalidade.

O conselho admite estabelecer um padrão de eficiência energética para os novos navios e limitar as emissões de CO2 são medidas que se traduzem em um grande passo para o desenvolvimento da indústria, mas se opõe à arrecadação de taxas de compra de combustível. Segundo o conselho, esse tipo de penalidade irá, no final, ser paga pelos consumidores por meio de sobretaxas.

Tanto o Brasil quanto a China - dois grandes mercados em ascensão - vêm buscando atrasos nas imposições da medida que, acreditam, irá impor altos custos para que se possa alcançar os padrões sustentáveis. Especialistas da indústria sugeriram, recentemente, que o grande número de encomendas por novos navios é, em parte, incentivado pela necessidade de obter embarcações antes que essas medidas caras sejam, de fato, aplicadas.

"Se você simplesmente introduz uma arrecadação que pune todas as transportadoras por emissões, elas irão apenas repassar isso para os consumidores. Onde está o caráter de incentivo nisso?", afirmou a secretária geral da ESC, Nicolette van der Jagt. A executiva apoia o padrão global mais do que as medidas regionais, mas acredita que não é realista esperar uma adoção coletiva e que, por ora, seria mais viável incentivar práticas melhores, em vez de se punir as práticas já existentes.

Fonte: http://www.guiamaritimo.com.br/nota.php?id=5356&gmn=1

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