quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Infra-estrutura viária: desenvolvimento urbano, econômico e social



A infra-estrutura viária é hoje fator que mantém diversas cidades brasileiras em estágio de estagnação, pois não conseguem atrair investimentos capazes de gerar renda necessária para manter os diversos serviços públicos fundamentais para a sociedade. Estas cidades na maioria das vezes possuem alta densidade demográfica, característica cidade-dormitório, e sofre por ineficiência dos serviços públicos pelo fato de, na maioria dos casos, não possuir recursos suficientes para garantir serviços básicos como educação, saúde e lazer.

As cidades, em muitos casos, têm seu desenvolvimento ligado à ferrovia, rodovia ou transporte fluvial, fato que auxilia na explosiva fixação populacional; sem dúvida, estes são estímulos que fazem com que os compradores de lotes prefiram estas cidades.

A infra-estrutura urbana está diretamente ligada ao desenvolvimento das cidades e reflete nas condições de vida de seus habitantes, tratar do sistema viário é tratar de pessoas, do composto infra-estrutura urbana é o subsistema que está mais vinculado aos usuários (os outros conduzem fluídos; este pessoas e veículos) (MASCARÓ, 2005, p. 14).

Podemos defender a idéia que as cidades, centrais ou periféricas, têm características diferentes, mas, todas devem ter captação de recursos suficientes a fim de manter um equilíbrio social e, independentemente de prioridades, seja comercial, industrial ou qualquer outra, as cidades devem possuir capacidade de acesso aos centros de consumo e de escoamento de sua produção.

Embora pobre de industrialização, as cidades dormitórios também devem possuir condições favoráveis ao transporte, este por sua vez, de acordo com CAMARGO (1987), cumpre uma importante função no processo de correção de desequilíbrios regionais e setoriais. A facilidade de locomoção, incluindo as vias e os meios, é importante para solução de problemas sociais por permitirem acessos assistenciais (escolas, e outros).

Os moldes da infra-estrutura urbana, mais especificamente a infra estrutura viária atual da maioria das cidades brasileiras sentem as conseqüências da megalopolização definido por Barbara Freitag em Teorias da Cidade (2006) como um padrão especifico de urbanização, FREITAG diz ainda que trata-se de um processo de transformação rápida e recente de uma metrópole em uma megalópole.

Portanto se percebe, devido o acelerado crescimento, surgem impactos negativos na composição urbana das cidades, o que segundo Barbara Freitag, são as conseqüências do american way of life (2006, p. 133).

Mesmo com os inúmeros esforços produzidos até os dias atuais, tratando de melhorias viárias, os mesmos não foram suficientes para garantir o bom fluxo na circulação e acompanhar amplo desenvolvimento tecnológico e econômico.

Tamanho e desordenado foi o crescimento urbano que hoje suas vias não conseguem atender as necessidades viárias dos municípios gerando enormes congestionamentos e bloqueando maior progresso nestas regiões. Garantir vias adequadas e suficientes para execução do transporte permite-se cumprir de forma eficiente e eficaz a finalidade do transporte, promover a circulação de riquezas (CAMARGO, 1987, p. 309).

Com as necessidades de deslocamentos nos dias atuais, “a situação ideal seria que toda a cidade fosse atendida por trens metropolitanos” (MASCARÓ, 2005, p. 23). O custo de uma estrutura pesada ainda não a torna viável em muitas cidades. Para garantir os deslocamentos de forma eficiente é necessário criar vias adequadas ao projeto urbano, não só voltada para os veículos automotores, mas também para pedestres.

O viário deve ser concebido pensando na demanda dos estabelecimentos, além de exercer uma fiscalização eficiente, o planejamento deve prever a necessidade de estacionamentos (vagas), dimensionamento e regularidade das calçadas, áreas destinadas à Carga e Descarga, pistas e/ou faixas exclusivas, entre outros pontos.



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