sábado, 17 de março de 2012

Samsung se retira do Estaleiro Atlântico Sul


A Samsung Heavy Industries (SHI) decidiu vender a participação de 6% que detinha no Estaleiro Atlântico Sul, em Suape. A Camargo Corrêa Naval e a Queiroz Galvão Participações e Concessões, que tinham a preferência no negócio, compraram as ações e passam, agora, a deter 50% do empreendimento cada uma. O valor da transação é desconhecido.
"Alinhados com o programa brasileiro da retomada da indústria naval, os sócios do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, decidiram exercer a opção de preferência para adquirir os 6% das ações em poder da Samsung. Após a conclusão do processo, cada sócio passará a deter 50% do empreendimento", diz a nota distribuída na noite desta quinta-feira pela Queiroz Galvão e Camargo Corrêa.
A operação derruba todas as especulações que correram nas últimas semanas de que a Samsung poderia assumir o controle acionário do EAS. Chegou-se a comentar que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, estaria negociando a troca no comando com o apoio do governo federal. Outra tese dava conta de que a Samsung assumira o controle operacional do estaleiro, aumentando sua participação acionária.
O EAS possui em carteira 22 petroleiros encomendados pela Transpetro, totalizando R$ 7 bilhões. O primeiro deles, o João Cândido, está encalhado no cais há quase dois anos. O atraso nas encomendas se reflete também em problemas com fornecedores. Além dos navios, a empresa venceu a licitação para construir sete navios-sondas para a Sete BR, que tem a Petrobras entre os acionistas. A única embarcação entregue até agora foi o casco da plataforma P-55.
Por Micheline Batista, da equipe do Diario

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