Planejamento inicial do complexo prevê aporte de R$ 51
milhões. Proposta foi apresentada ontem e inclui até um sistema integrado de
Veículos Leves sobre Trilhos
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O Complexo de Suape vai desembolsar R$ 51 milhões para começar a tirar do papel seu plano de mobilidade, que prevê um sistema integrado de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e ônibus convencionais. O projeto foi apresentado ontem, no Suape Businees Meeting, evento corporativo organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) do Recife.
Ainda
conceitual (ver arte abaixo), o sistema irá exigir a construção de duas
estações de VLTs, na Cidade Garapu e na rodovia PE-28, ambas no Cabo de Santo
Agostinho, e a reforma da que hoje se encontra no Engenho Massangana, dentro
das terras de Suape. Abarca ainda a construção de pátios para ônibus e
adaptação do trilho de trem até Massangana para VLT.
Tudo isso
levará oito meses para ser viabilizado, segundo estimativas do diretor de
Planejamento e Urbanismo do Complexo de Suape, Jaime Alheiros. O dinheiro para
dar início ao projeto faz parte do empréstimo de R$ 920 milhões contratado
junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja
primeira parcela (de R$ 357 milhões) deverá entrar nos cofres do Estado na
primeira quinzena de agosto.
“É um
sistema economicamente viável, assim como sua implantação. O principal ponto é
permitir flexibilização de horários de tráfego no Complexo, tornando as vias
mais livres e mais eficientes”, comentou Alheiros. À Suape cabe bancar a
infraestrutura.
Operação
e aquisição dos trens ficam à cargo da Companhia Brasileira de Trens Urbanops
(CBTU) e ao Consórcio Grande Recife”, acrescentou o diretor.
Ir até
Suape é um problema para os trabalhadores do Complexo. Apenas quatro linhas
convencionais de ônibus “passam” por lá – não chegam a “atender”. Para ter seus
funcionários no horário, as empresas precisam arcar com o custo de fretar o
transporte – esse tipo de veículo responde por 90,5% de todos os que trafegam
em Suape. Entre 6h e 8h e entre 16h30 e 19h, os engarrafamentos são crônicos.
O projeto
começou a ser traçado em 2009, na época de elaboração do Plano Diretor de
Suape. Foi montado por um grupo de trabalho composto pela CBTU, Consórcio
Grande Recife e Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco (DER-PE),
além das prefeituras de Ipojuca e Cabo.
Dentre
suas vantagens, está o fato de a tecnologia VLT já está operando no Estado (o
sistema está em fase pré-operacional, funcionando todos os sábados ligando as
estações de Cajueiro Seco e Cabo). A tarifa para o passageiro deverá ser baixa
e o sistema pode atender de forma organizada todas as áreas do Complexo, do
polo naval da Ilha de Tatuoca à Refinaria Abreu e Lima.
Porém,
ampliar a cobertura de VLT requer investimentos elevados, ponderou Alheiros.
Além de que a implantação de linhas do tipo Circular – que funcionariam de
forma semelhante às que atendem o Centro do Recife – requer precisão, para
evitar que os passageiros passem muito tempo esperando nas paradas ou estações.
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