segunda-feira, 30 de julho de 2012

Suape vai investir em mobilidade



Planejamento inicial do complexo prevê aporte de R$ 51 milhões. Proposta foi apresentada ontem e inclui até um sistema integrado de Veículos Leves sobre Trilhos










O Complexo de Suape vai desembolsar R$ 51 milhões para começar a tirar do papel seu plano de mobilidade, que prevê um sistema integrado de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e ônibus convencionais. O projeto foi apresentado ontem, no Suape Businees Meeting, evento corporativo organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) do Recife.


Ainda conceitual (ver arte abaixo), o sistema irá exigir a construção de duas estações de VLTs, na Cidade Garapu e na rodovia PE-28, ambas no Cabo de Santo Agostinho, e a reforma da que hoje se encontra no Engenho Massangana, dentro das terras de Suape. Abarca ainda a construção de pátios para ônibus e adaptação do trilho de trem até Massangana para VLT.

Tudo isso levará oito meses para ser viabilizado, segundo estimativas do diretor de Planejamento e Urbanismo do Complexo de Suape, Jaime Alheiros. O dinheiro para dar início ao projeto faz parte do empréstimo de R$ 920 milhões contratado junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja primeira parcela (de R$ 357 milhões) deverá entrar nos cofres do Estado na primeira quinzena de agosto.

“É um sistema economicamente viável, assim como sua implantação. O principal ponto é permitir flexibilização de horários de tráfego no Complexo, tornando as vias mais livres e mais eficientes”, comentou Alheiros. À Suape cabe bancar a infraestrutura.

Operação e aquisição dos trens ficam à cargo da Companhia Brasileira de Trens Urbanops (CBTU) e ao Consórcio Grande Recife”, acrescentou o diretor.

Ir até Suape é um problema para os trabalhadores do Complexo. Apenas quatro linhas convencionais de ônibus “passam” por lá – não chegam a “atender”. Para ter seus funcionários no horário, as empresas precisam arcar com o custo de fretar o transporte – esse tipo de veículo responde por 90,5% de todos os que trafegam em Suape. Entre 6h e 8h e entre 16h30 e 19h, os engarrafamentos são crônicos.

O projeto começou a ser traçado em 2009, na época de elaboração do Plano Diretor de Suape. Foi montado por um grupo de trabalho composto pela CBTU, Consórcio Grande Recife e Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco (DER-PE), além das prefeituras de Ipojuca e Cabo.

Dentre suas vantagens, está o fato de a tecnologia VLT já está operando no Estado (o sistema está em fase pré-operacional, funcionando todos os sábados ligando as estações de Cajueiro Seco e Cabo). A tarifa para o passageiro deverá ser baixa e o sistema pode atender de forma organizada todas as áreas do Complexo, do polo naval da Ilha de Tatuoca à Refinaria Abreu e Lima.

Porém, ampliar a cobertura de VLT requer investimentos elevados, ponderou Alheiros. Além de que a implantação de linhas do tipo Circular – que funcionariam de forma semelhante às que atendem o Centro do Recife – requer precisão, para evitar que os passageiros passem muito tempo esperando nas paradas ou estações.




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