sábado, 22 de setembro de 2012

Setor de óleo e gás deve gerar 200 mil postos de trabalho



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Investimentos em exploração de petróleo no mar podem chegar a US$ 400 bi
NN – Júlia Moura

Durante os quatro dias da Rio Oil & Gas, maior feira da área da América Latina, realizada no Riocentro, a indústria de petróleo e gás do mundo discutiu sobre os desafios do Brasil no setor. Para os estudantes a perspectiva de um futuro promissor neste mercado, além da busca constante pela capacitação profissional para atender a demanda crescente, muito em razão das descobertas recentes na área de pré-sal.
Um dos desafios é preencher os mais de 200 mil postos de trabalho que vão ser criados até 2014 no setor de óleo e gás, segundo levantamento realizado pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).
Para a estudante de mestrado em Geofísica Marinha, pela UFF, Audrey Galvão, de 30 anos, o Rio oferece as melhores oportunidades de emprego e cursos, com a vantagem estratégica de centralizar as empresas do setor. “Sou de Jundiaí, em São Paulo, e me mudei para o Rio visando entrar no mercado de exploração de óleo e gás. O mercado no Rio está em expansão”, avalia Galvão.
Destes 200 mil empregos diretos e indiretos, em nível técnico, médio e universitário, cerca de 85 mil, aproximadamente 39%, representam mão de obra para a indústria naval. Outro polo que deve centralizar grande parte das vagas é a Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, que concentra 80% da produção de petróleo no país. Estão em operação no local 400 poços e 30 plataformas de produção.
“Escolhi o mestrado em Geologia por causa do mercado atraente. Tenho a oportunidade de aplicar meus conhecimentos em física de forma objetiva. A qualificação profissional do brasileiro está melhorando, mas ainda temos pouco investimento na área de educação”, aponta o físico Felipe Timóteo da Costa, de 26 anos.
As projeções até 2020 são mais otimistas. Segundo os dados da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), a efetiva capacitação da indústria nacional de materiais, equipamentos e serviços para atender à demanda da exploração e produção offshore (no mar) poderá gerar até dois milhões de novos empregos. De acordo com o estudo, nos próximos oito anos deverão ser investidos US$ 400 bilhões em exploração de petróleo no mar.
Vagas constantes
De acordo com o Prominp, há categorias profissionais que têm demanda constante no mercado. Até 2017, profissionais capacitados também serão necessários para a construção de cinco refinarias e 28 plataformas.
No nível superior, por exemplo, há forte procura por engenheiros eletricistas, engenheiros de equipamentos e engenheiros de tubulação. De nível técnico e médio, as categorias profissionais mais solicitadas serão projetista de equipamentos, plataformista e auxiliar de plataforma. Haverá, também, uma grande oferta de emprego para categorias de nível básico, como montador de andaime, mecânico ajustador e caldeireiro, entre outras.

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