O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL)
disse nesta segunda-feira (18) que a Medida Provisória 595, que modifica o
modelo de exploração de portos no país, poderá sofrer "alguns
ajustes".
Bernardo Figueiredo afirmou ainda que não
acredita que os protestos dos trabalhadores dos portos avancem porque a
proposta não traz prejuízo à categoria.
"Acho que a lei pode ter alguns ajustes,
mas os conceitos foram bem recebidos", disse ele a jornalistas ao deixar o
Itamaraty, onde apresentou, ao lado de ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, e do chanceler Antonio Patriota, as bases dos projetos de
infraestrutura brasileiros ao corpo diplomático.
A medida provisória foi editada em dezembro e
faz parte do plano do governo federal de conseguir investimentos de 54,2
bilhões de reais para portos até 2017, em meio a um esforço para garantir uma
redução superior a 20 por cento no preço do frete no Brasil.
A principal reclamação dos sindicalistas é que
a MP fragiliza as relações trabalhistas, flexibilizando as exigências feitas
para empresas que vierem a operar dentro das áreas de portos públicos. Os
trabalhadores ameaçam paralisar portos caso o texto não seja alterado.
Nesta segunda-feira, como parte dos protestos
contra a MP 595, um grupo de trabalhadores invadiu um navio chinês no Porto de
Santos.
Fonte: Reuters / Ana Flor
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