terça-feira, 11 de junho de 2013

Trabalhadores cruzam os braços no Porto de Maceió



Devido ao perigo de incêndio pelo uso constante de fósforo e fagulhas de solda, no Porto de Maceió, cerca de 250 operários da Empresa Tomé Ferrostaal que começou a funcionar em Maceió há poucas semanas, paralisou as atividades nesta segunda-feira em protesto pelo não pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores.  


Os metalúrgicos estão concentrados na porta do Porto de Maceió. O protesto é pacífico.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Alagoas (Sindmetal), Jobson Torres, o ato público foi aprovado durante assembleia realizada no dia 3 último, mas como a empresa teria procurado a entidade na quinta-feira e não apresentado uma contraproposta a paralisação de advertência foi mantida.

Segundo o sindicalista, a empresa não tinha colocado no contrato o adicional de 30% de periculosidade e se nega a pagá-lo. “Foi erro da empresa se não licitou no orcamento o adicional, agora os metalúrgicos não podem deixar de receber o beneficio pelo risco que passam diante do uso de fósforo e fagulhas de solda durante a construção de módulos de navios”, ressaltou.

“A empresa Tomé foi contratada pela Petrobras para prestar serviço em Maceió e também é responsável pela situação”, frisou.

O Sindmetal pretende acionar a Justiça para cobrar uma vistoria na fábrica para que fique provado que o local oferece risco. “Com o laudo nas mãos, podemos exigir o pagamento do adicional junto aos responsáveis”, acrescentou.

Pagamento do adicional de periculosidade não está sendo efetuado há seis meses, diz Sindmetal

Por ser uma função que requer muitos cuidados, e considerada perigosa, o adicional precisa ser repassado, conforme relatou o presidente do SindMetal, Jobson Torres.


“Quando não paga o adicional de periculosidade quem perde é o trabalhador. A Petrobras paga o adicional, assim como o Porto de Maceió. O problema é que a Tomé Engenharia está se recusando há seis meses a garantir mais este direito a quem trabalha em uma função de risco”, destacou Jobson à reportagem do portal Tribuna Hoje.

O Sindicato garante que está com uma ação pronta contra a empresa. Esta semana, uma denúncia será formalizada no Ministério Público do Trabalho.

“É inadmissível que o trabalhador perca 30% do salário-base porque a empresa Tomé Engenharia simplesmente não quer pegar”, acrescenta o sindicalista.

Nova fábrica

O consórcio Tomé-Ferrostal, no Porto de Maceió  vai construir módulos para as plataformas de exploração do pré-sal. O investimento está em torno de U$ 1,2 bilhão e deverá gerar em média dois mil empregos diretos.

Depois de pronta e operando, cada plataforma terá capacidade de processar diariamente até 150 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás.


Fonte: Tribuna Hoje

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