O porto de Suape, localizado no
Litoral Sul de Pernambuco, terá em 2013 o seu melhor ano em termos de
movimentação de cargas. O ancoradouro atingiu na terceira semana de novembro a
marca de 12 milhões de toneladas movimentadas, volume que supera as 11,25
milhões de toneladas registradas em 2011, até então o melhor ano para o porto.
A expansão das operações foi
impulsionada pela maior movimentação de granéis líquidos, sobretudo de
combustíveis. Suape realizou, neste mês, a primeira operação de transbordo de
diesel pela modalidade conhecida como “ship to ship” (navio a navio, no termo
em inglês).
De acordo com a direção de Suape,
também ajudou no desempenho a queda no tempo médio de desembaraço de cargas, o
que foi possível graças à implantação da jornada de 24 horas de funcionamento
do porto, que é considerado o “motor” da economia de Pernambuco.
Suape concentra hoje pouco mais
de R$ 50 bilhões em investimentos, distribuídos entre 150 empresas de diversos
setores e tamanhos. Do montante total, a Petrobras responde por cerca de R$ 40
bilhões, sendo R$ 34 bilhões na refinaria Abreu e Lima e R$ 6 bilhões na
Petroquímica Suape.
Apesar da quantia significativa
de recursos federais investidos em Suape, piorou nos últimos tempos a relação
entre o governo de Pernambuco, responsável pela administração do porto, e a
União.
Suape aguarda, por exemplo, que o
governo federal dê andamento às licitações do novo terminal de contêineres,
fundamental para a estratégia de tornar o porto uma referência para cargas
vindas da Ásia. Originalmente prevista para este ano, a licitação não deve sair
antes de março de 2014.
Outro ponto de atrito está nas
obras de dragagem do canal externo de Suape. Necessária para a operação dos
grandes petroleiros que abastecerão Abreu e Lima, a dragagem está parada desde
maio último por falta de pagamento à empresa holandesa Van Oord, responsável
pelos trabalhos.
Alegando irregularidades nas
obras, a Secretaria Especial de Portos, ligada ao governo federal, suspendeu os
repasses de recursos para a dragagem. Informado pela Van Oord, o governo
holandês ameaça denunciar o calote brasileiro aos organismos internacionais.
O secretário de Desenvolvimento
Econômico de Pernambuco e presidente de Suape, Marcio Stefani, disse que a
Embaixada da Holanda no Brasil voltou a tratar da questão recentemente, mas que
nenhum acordo foi feito até o momento.
O planejamento de longo prazo do
porto de Suape prevê a movimentação de 90 milhões de toneladas em 2030.
Atualmente em 400 mil unidades por ano, a movimentação de contêineres estimada
é de pouco mais de 1,5 milhão de unidades.
Fonte: Valor Econômico
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