quarta-feira, 5 de julho de 2017

Suape e Porto Digital estão no radar britânico



Reino Unido faz monitoramento para futuras parcerias e investimentos do setor público e privado
O Porto de Suape e o Porto Digital estão na mira do governo britânico e podem receber investimentos em libras nos próximos anos. Ambos estão sendo avaliados pelo Consulado Britânico como possíveis focos de parcerias e aportes de fundos estatais e privados. O primeiro pode ser alvo de investimentos para melhoria dos processos e facilitação do comércio. No possível projeto, a ideia é que equipes de consultoria inglesa identifiquem gargalos e realizem treinamentos e capacitações para implementar soluções internas. Já com o Porto Digital, os planos incluem um possível projeto de intercâmbio, no qual empresários ingleses passarão até cinco anos embarcados no parque tecnológico, incentivando assim a troca de experiências e conhecimento, e com empreendedores pernambucanos também indo à Inglaterra, porém por um prazo menor. O segundo plano com o parque tecnológico foca em projetos conjuntos de segurança digital.

Além desses projetos, o consulado avalia investimentos nos setores de saúde, energias renováveis, petróleo e biocombustíveis. “Queremos fechar um acordo em relação a energias renováveis e biocombustíveis que englobe Brasil, Índia, China e Inglaterra”, afirma o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan em visita ao Diario junto ao cônsul britânico Graham Tidey. Ambos foram recebidos pelo presidente e o vice-presidente do Diario, Alexandre Rands e Maurício Rands, respectivamente. Segundo o embaixador, a saída da Inglaterra da União Europeia permitirá uma maior aproximação do país com o mercado brasileiro. Porém, a falta de um acordo para evitar a bitributação dos impostos nas relações comerciais entre o Brasil e a Inglaterra é um problema. “Temos acordos para isso em mais de 250 países, menos com o Brasil”, reclama Rangaraj.

As relações entre os dois países já são relevantes. O embaixador lembra, por exemplo, que o Brasil é o segundo país em número de co-autoria de pesquisas científicas com os britânicos e a reciproca é igual, sendo a Inglaterra o segundo país em número de estudos assinados em cooperação. “Queremos continuar incentivando os intercâmbios e parcerias e, para isso, temos a Newton Fund, focado no desenvolvimento dos países emergentes.” No Brasil, deverão ser investidos 45 milhões de libras até 2019 através do fundo. Vale ressaltar que Pernambuco já tem boas relações comerciais com a Inglaterra. No ano passado, o Reino Unido foi o 16º maior parceiro comercial do estado. De janeiro a dezembro, foram US$ 49.490.127 em importação e US$ 24.213.651. Os dados são da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).

Nenhum comentário:

Postar um comentário