segunda-feira, 14 de agosto de 2017

ANTAQ apresenta números de movimentação dos portos no Enaex



No primeiro semestre de 2017, o Porto de Santos movimentou 50,4 milhões de toneladas, o que significou um crescimento de 1,7% em comparação com igual período do ano passado. A informação é da Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ e foi repassada pelo responsável da área, Fernando Serra, durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior, evento que se encerrou no dia 10, no Rio de Janeiro.
Serra informou que o Porto de Santos obteve destaque na movimentação de granel sólido e de contêiner. “Foram 19,5 milhões de toneladas de contêineres movimentados no primeiro semestre do ano, um aumento de 6,6%”, apontou o gerente, destacando que o Porto de Santos tem como característica ser exportador, com 37,3 milhões de toneladas.
Alex Oliva, presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), afirmou que passam pelo Porto de Santos 92,2 bilhões de dólares. Esse número representa 28,6% da balança comercial brasileira”, ressaltou o presidente da autoridade portuária, informando que suco de laranja, açúcar, complexo soja, entre outros, são os principais produtos movimentados.

Alex Oliva informou, ainda, que o modal hidroviário começará a ser usado no segundo semestre no estuário do Porto de Santos. “É um desafio que se apresentou desde 2009 e que agora será realizado”, disse.
De acordo com o presidente da Codesp, os principais destinos de mercadorias que saem do Porto de Santos são China, com 20,3% dos produtos exportados (5,94 bilhões de dólares) e Estados Unidos, com 11% (3,21 bilhões de dólares).
Fernando Serra apresentou os números do Porto do Rio de Janeiro, que movimentou 2,7 milhões de toneladas nos primeiros seis meses de 2017, um aumento de 9,4% em comparação com igual período de 2016. “63% da movimentação está relacionada à carga conteinerizada”, destacou o gerente da ANTAQ.
Tarcísio Tomazoni, presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), destacou que a autoridade portuária publicou a Instrução Normativa no 60/2017, que divulga os calados máximos de operação dos navios, nos diversos trechos do canal de acesso, nos berços dos diversos trechos de cais acostáveis e boias de sinalização do Porto do Rio de Janeiro.
Outros números apresentados pela ANTAQ foram os referentes ao Porto de Rio Grande, que movimentou 12,9 milhões de toneladas no primeiro semestre, um aumento de 5,6%. O porto tem como característica a movimentação de granel sólido e a exportação.
O diretor-superintendente da Superintendência do Porto de Rio Grande (SUPRG), Janir Branco, destacou que um dos focos de atuação do porto é o agronegócio, mas o porto tem movimentação diversificada, como a de celulose, a de granéis líquidos. Branco destacou ainda a atuação do Posto Avançado da ANTAQ no Porto de Rio Grande. “Podemos corrigir rumos rapidamente devido ao Posto Avançado da ANTAQ”, disse.
Os dados sobre o Porto de Vitória também foram divulgados. O porto movimentou 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 5,9% no primeiro semestre de 2017. “Levando-se em conta o granel líquido, o granel sólido, contêiner e carga geral, a movimentação no porto é bem equilibrada”, disse Fernando Serra.
O diretor-presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Luís Cláudio Montenegro, destacou que o porto tem restrições físicas para entrada de navios maiores e que o Espírito Santo precisa de um porto maior para contêineres. Entretanto, Montenegro afirmou que “é preciso fortalecer as infraestruturas que nós já temos antes de construir outras”.
Fernando Serra também apresentou números relacionados ao Porto de Suape (PE), que movimentou 10,7 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2017, uma queda de 2,3% em comparação com igual período do ano passado. “O porto é característico por movimentar granel líquido e contêiner. A movimentação de granel líquido caiu, mas as movimentações de carga geral e contêiner subiram”, enfatizou Serra, destacando a navegação de cabotagem no Porto de Suape, que movimentou 6,9 milhões de toneladas.
A movimentação de granel líquido foi de 7,8 milhões de toneladas, uma queda de 7,9%. “A expectativa é que no segundo semestre os números sejam positivos”, afirmou Marcos Baptista, presidente do Porto de Suape. No primeiro semestre do ano, houve um aumento de 16% na movimentação de contêineres. “Esse é o tipo de carga que vem se fortalecendo”, disse.
Baptista frisou os números da movimentação de veículos. Em 2016, foram movimentados 40 mil veículos. No primeiro semestre, esse número alcançou 35 mil veículos e deve chegar a 70 mil até o final do ano.
O diretor-geral da ANTAQ, Adalberto Tokarski, participou das apresentações de dados segregados. Afirmou que é assim que o setor pode conhecer com mais detalhes a movimentação de cargas de determinados portos. Mais cedo, Tokarski apresentou de forma geral as estatísticas produzidas pela Agência, que apontaram um crescimento de 4,7% na movimentação de cargas do setor portuário nacional no primeiro semestre de 2017, com 517 milhões de toneladas.

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