segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mais competitiva, cabotagem cresce e atrai até as múltis

Depois da derrocada nos anos 80, a navegação doméstica volta a ser uma opção viável para as empresas que transportam grandes volumes e apostam na racionalização logística.



A migração para o navio de cargas antes transportadas por caminhão está apoiada no tripé custo, eficiência ambiental e integridade da carga - que sofre menos avaria no mar do que nas estradas. Diante da ascensão de novos consumidores brasileiros, os desafios agora são aumentar a oferta de embarcações e melhorar a infraestrutura portuária.

"O potencial de usar cabotagem é enorme, depende da disponibilidade dos operadores em investir em mais linhas", afirma o diretor de logística do mercado interno da Brasil Foods, Darlan Carvalho. Hoje, a gigante de alimentos transporta em navio apenas 4% das 2,5 milhões de toneladas que movimenta no mercado interno anualmente.

Se houvesse mais capacidade nas rotas marítimas, certamente esse índice aumentaria, diz Carvalho. Por outro lado, até pouco tempo os armadores argumentavam que não tinham como expandir os serviços sem a garantia de que os volumes viriam, num típico dilema do "segredo de Tostines".

Hoje, a charada parece ter sido solucionada. Companhias estrangeiras de navegação de longo curso criaram subsidiárias e empresas brasileiras entraram no negócio. A frota de navios porta-contêineres operacionais dedicados à cabotagem com frequência regular na costa é de 20 embarcações (oito da Aliança; sete da Log-In; três da Mercosul Line; e duas da Maestra, empresa recém-criada).

E a maioria delas planeja ampliação para este ano. A Maestra estará com mais duas unidades neste semestre; a Aliança irá reativar dois navios que ficaram parados em 2009 e 2010, por conta dos efeitos da crise mundial; e a Log-In está tocando plano de R$ 1,3 bilhão para renovação da frota que prevê embarcações maiores para substituir as atuais.

 Duas delas chegam até setembro. Criada em 2007, a companhia verifica desde então um crescimento anual de 28% nos volumes. "Acreditamos que esse mercado tem um potencial de crescimento muito forte", diz o presidente da Log-In, Vital Jorge  Leia mais sobre esta entrevista

Fonte: http://www.portosenavios.com.br

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