segunda-feira, 25 de abril de 2011

MPEs são 98% das empresas do Estado

De acordo com o Sebrae/PE, micro e pequenas empresas somam 173 mil no estado
De acordo com últimos dados do Observatório Empresarial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PE), em 2009, existem mais de 173 mil Micro e Pequenas Empresas (MPEs) em Pernambuco, quantidade que representa 98,84% do total de empresas no Estado.

A grande demanda, que seria um reflexo do crescimento econômico pernambucano, é apontada pelo diretor executivo do Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos de Pernambuco (Ceape-PE), José Ventura, como principal agente desta alta.

“Para que es­ses investimentos continuem avançando, é necessário que sejam disponibilizados recursos para os microempreendedores. Esse é um mercado em crescimento, que tem apoio financeiro para progredir e que possui grande alcance social”, ressalta.

A modalidade de empreendimento deve continuar em ascensão, ainda de acordo com o diretor. “O Ceape viabilizou, ao longo do ano passado, R$ 23 milhões em Pernambuco e no município de Juazeiro, na Bahia. Esperamos chegar ao fim de 2011 com cerca de R$ 28 milhões emprestados”, enfatizou.

Ele acrescentou que, há alguns anos, era visível a desassistência da rede bancária convencional aos micro e pequenos empresários. “Hoje em dia o cenário é outro, as pessoas têm acesso e podem encontrar boas oportunidades em organizações de microcrédito, que dão apoio ao público”, diz.

Conforme informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Pernambuco, R$ 496 milhões foram financiados pelo banco em 2009, destinados a empresas de micro, pequeno e médio portes do Estado. Em 2010, esse número saltou para R$ 1 bilhão voltados para esses tipos de empresas.

O empresário José Airton de Sousa, 62 anos, encontrou no microcrédito a chance de levar melhorias para seu estabelecimento, uma agência de publicidade em Caruaru. “Fo­ram vários benefícios. Comprei equipamentos para modernizar a empresa, o que aumentou o faturamento e proporcionou ampliação da prestação de serviços”, ressalta. Sousa revela que foi um processo rápido, sem mui­ta burocracia e com ju­ros atrativos.

Após observar como o mercado reagiria com a iniciativa privada dedicada ao segmento de microcrédito no Brasil, o diretor-geral do Instituto Finsol (IF), Marcello Pinto, uma organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que atende cinco estados do Nordeste, identificou que oferecer crédito a pessoas de baixa renda é benéfico para todas as partes. “Possibilitamos que essas pessoas tenham oportunidade e gerem emprego e renda a outras.

Cada oferta gera, em média, três empregos. Cerca de 42 mil pessoas são atendidas pela Finsol atualmente, sustentando aproximadamente 120 mil pessoas”, concluiu.

Fonte: http://www.folhape.com.br/

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