Técnicos da Gerência de Meio Ambiente da Antaq (GMA) apresentaram ontem (14), na sede da agência, em Brasília, o Índice de Qualidade da Ambiental dos Portos Organizados aos dirigentes das administrações portuárias. A reunião serviu para que os representantes dos portos públicos tirassem suas dúvidas e fizessem sugestões para o aprimoramento do novo indicador.
O diretor da Antaq, Pedro Brito, salientou que a meta é que todos os portos atinjam a nota máxima do índice, que deverá ser medido semestralmente. “Nos casos em que o porto estiver fraco numa ou noutra exigência, nós enviaremos as orientações para que esses pontos fracos possam ser corrigidos”, explicou Brito.
A ideia, segundo Brito, é divulgar o índice para a sociedade e para o mercado, para que ele seja um parâmetro nas decisões de negócios portuários e um padrão para a fiscalização da agência. Para Brito, a gestão ambiental deve ser vista pelo dirigente portuário como tão importante quanto a gestão operacional.
O diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, também saudou o novo indicador: “Cada vez mais, a gestão ambiental está se tornando essencial aos negócios portuários. Portos como Amsterdã e Hamburgo só estão entre os mais eficientes do mundo, porque também levam em grande conta a questão ambiental. Nós devemos fazer o mesmo no Brasil”.
O Índice
O índice de qualidade ambiental da Antaq foi desenvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (CEFTRU), da Universidade de Brasília (UnB), e já foi testado em 29 portos. Na avaliação realizada no ano passado, Itajaí, Pecém e Imbituba foram os portos que atenderam ao maior número de conformidades (exigências) ambientais.
O índice é composto de quatro categorias de indicadores (econômico-operacional, sociológico-cultural, físico-químico e biológico-ecológico), que têm por objetivo avaliar a governança ambiental, a gestão das operações portuárias, a educação e a saúde pública, o consumo de água, a qualidade do ar e o ruído e a biodiversidade (monitoramento da flora e da fauna na área do porto e entorno), entre outros.
Cada um desses indicadores globais terá um peso na avaliação: o econômico-operacional representará 59% do total; o físico-químico, 22%; o sociológico-cultural, 14%; e o biológico-ecológico, 5%.
Segundo o gerente da GMA, Marcos Maia Porto, a gestão ambiental é um desafio para as organizações portuárias, e “a formulação de um índice de referência na área significa um avanço no campo da regulação, permitindo ao administrador portuário melhorar sua gestão e à sociedade conhecer, de forma simples e efetiva, o estado da arte da qualidade ambiental nos portos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário