segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Portos do Nordeste recebem pesquisadores da Coppe


O programa de diagnóstico de resíduos em 22 portos brasileiros chegou ao Nordeste. Pesquisadores do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ iniciam nesta segunda-feira (13), em Maceió, a coleta de resíduos e efluentes gerado no Porto, que passarão a ser registrados e classificados.

O trabalho faz parte do projeto "Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes dos Portos", que começou no ano passado no Rio de Janeiro e Itaguaí e é executado pela COPPE /UFRJ em parceria com a Secretaria de Portos da Presidência da República. Desde o dia 6 de fevereiro último, a equipe já passou pelos portos de Fortaleza, Natal, Recife, Suape e Cabedelo.

Com investimentos de R$ 16 milhões, o programa está contemplado nas ações do PAC 2 e trata de uma questão fundamental para o desenvolvimento do setor portuário brasileiro. O trabalho terá duração de um ano e ao fim deste prazo trará, não apenas soluções para melhor coleta e gestão dos resíduos deixados pela operação portuária, como sugestões para seu uso comercial. Parte do resíduo poderá, por exemplo, ser transformada em energia, gerando economia para os portos ou mesmo receita extra.

Em cada porto, os pesquisadores do PPE/Coppe/UFRJ contarão com a ajuda de profissionais locais, por meio de uma Rede de Competências, que está sendo estabelecida com Universidades Federais ou Estaduais, Institutos Federais de Pesquisas e consultorias especializadas. Em Maceió, o convênio será com a universidade federal.

"Nesta etapa, organizamos o trabalho e iniciamos a coleta, já com a equipe local. Os dados serão enviados para o centro de coleta e tratamento. Aplicaremos então modelos matemático-estatísticos e iremos gerar indicadores de cada porto. Até abril, todos os portos terão iniciado o programa", explicou Aurélio Murta, um dos coordenadores do programa.

Para o diretor da SEP, Antonio Maurício Ferreira Netto, o trabalho traz ganhos diversos para o País, que passa a tratar seus resíduos adequadamente e oferece às universidades possibilidade de novos conhecimentos, que certamente trarão desdobramentos científicos relevantes.

Segundo Marcos Freitas, coordenador do PPE/Coppe/UFRJ, o trabalho identificará todos os resíduos e efluentes gerados nos portos e indicará as boas práticas para a sua gestão, elevando o Brasil a um padrão internacional no cumprimento de normas nas áreas de meio ambiente e vigilância sanitária e agropecuária.



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