sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Transposição do São Francisco e Transnordestina dão o traçado para o futuro da região

Água para 12 milhões e impulso para o desenvolvimento



O objetivo: a assegurar o fornecimento de água a cerca de 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, considerados os mais vulneráveis à seca, e assegurar o desenvolvimento sócio-econômico da região. Se a meta já impressiona, o projeto assume uma magnitude comparável a poucas obras de infraestrutura no Brasil.

A transposição do rio São Francisco, cuja função é integrá-lo às bacias dos rios temporários do Semi-árido, pretende criar uma nova rede de distribuição da água do Velho Chico, interligando-o aos grandes açudes do Nordeste Setentrional.

O projeto é orientado em duas frentes: os chamados Eixo Norte e Eixo Leste. Em Pernambuco, os Eixos Norte e Leste, ao atravessarem o seu território, servirão de fonte para adutoras já existentes ou em projeto, responsáveis pelo abastecimento de populações do Sertão e do Agreste: Adutora do Oeste, Adutora do Pajeú, Adutora Frei Damião e Adutora de Salgueiro.

Rio da integração nacional, o São Francisco, descoberto em 1502, foi assim batizado por ter sido a ligação inicial do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste. Desde as suas nascentes, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, ele percorre 2.700 km.

Ao longo desse percurso, que banha cinco estados, o rio se divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai de suas cabeceiras até Pirapora, em Minas Gerais; o Médio, de Pirapora, onde começa o trecho navegável, até Remanso, na Bahia; o Submédio, de Remanso até Paulo Afonso, também na Bahia; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.

Atualmente, 95% do volume médio liberado pela barragem de Sobradinho no rio – 1.850 metros cúbicos por segundo – são despejados no oceano e somente 5% são consumidos ao longo do seu curso. Nos anos chuvosos, a vazão de Sobradinho chega a ultrapassar 15 mil metros cúbicos por segundo, e todo esse excedente também vai para o mar.

Com a integração do Rio São Francisco às bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional, o Governo Federal espera, além de estruturar o abastecimento na região, fomentar atividades econômicas, especialmente a irrigação no Vale do São Francisco – grande produtora de frutas para exportação e geradora de emprego e renda – cuja área irrigada pode ser expandida para até 800 mil hectares.

O Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional é considerada pelo governo como a mais importante ação estruturante da política nacional de recursos hídricos. Leia mais


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