De olho no desenvolvimento de Pernambuco, uma missão do Conselho das Américas, composta por 35 empresários, desembarcou ontem no Recife. Eles vieram conhecer as oportunidades de negócios, principalmente no setor de infraestrutura. Pela manhã, participaram de um seminário no Hotel Atlante Plaza e à tarde visitaram o Complexo Industrial Portuário de Suape.
No grupo há representantes de empresas da área logística, bebidas, agronegócios, energia eólica, vidros, produtos farmacêuticos e de beleza, automação industrial e engenharia. “O interesse deles é bastante amplo. Vai desde logística, energia, transporte. A ideia é conhecer o que está acontecendo em Pernambuco e prospectar futuros negócios”, disse a gerente de Políticas Públicas do Conselho das Américas, Sophia Costa.
O Conselho das Américas é uma organização não governamental com mais de 40 anos de atuação. O objetivo é patrocinar intercâmbios entre empresas privadas e governos. Sophia explica que, apesar da entidade estar sediada em Nova York e possuir escritórios em Washington e Miami, reúne empresas de vários países. “Atualmente, apenas 55% dos nossos associados são norte-americanos”, completa.
Multinacionais como Shell, Microsoft e Petrobras fazem parte do Conselho das Américas. No Brasil, a entidade já realizou diversos encontros, mas sempre em São Paulo. Em 2011, vários empresários demonstraram interesse em conhecer mais o Nordeste, então surgiu a ideia de fazer um seminário na região. Acabaram escolhendo Pernambuco.
No seminário, pela manhã, a agenda incluiu debates sobre financiamento de projetos e parcerias público-privadas (PPPs). Entre os participantes, os secretários estaduais Maurício Rands (Governo) e Geraldo Júlio (Desenvolvimento Econômico), além de representantes do Ministério da Integração, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Nordeste.
“Eles ficaram bastante impressionados com o que viram e ouviram, tanto que estão pensando em voltar com um grupo maior no segundo semestre”, disse o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Roberto Abreu. Apesar disso, não deixaram de criticar a alta carga tributária brasileira e os gargalos na infraestrutura. (M.B.)
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