A gigante dinamarquesa da indústria marítima AP
Moller-Maersk, que possui a maior operadora mundial de contêineres, a Maersk
Line, publicou os lucros de 2011: 3.4 bilhões de dólares. 32% abaixo do
comparativo ano-a-ano, devido aos “baixos fretes das linhas especialmente nas
linhas Ásia-Europa”.
Os negócios de contêineres da Maersk tiveram uma perda de
U$600 milhões em 2011, um declínio acentuado diante do lucro obtido de U$2.6
bilhões, em 2010.
O faturamento do grupo aumentou 7% para U$60,2 bilhões em
2011, comparado com U$56,1 bilhões no ano anterior, positivamente afetado pela
subida dos preços de contêineres, mas compensado por taxas mais baixas de
frete, segundo a empresa.
Comentando sobre o fraco desempenho de seu negócio de contêineres,
a empresa afirmou: “O resultado negativo deveu-se principalmente às baixas
taxas nos trades da Ásia-Europa. As taxas de frete começaram o ano a um nível
razoável, mas diminuíram ao longo do ano à medida que navios de grandes
capacidades foram sendo entregues”.
As taxas de frete globais foram 8% menores que em 2010. E
isto, combinado com preços de combustível 35% mais caros, reduziu nossas
margens consideravelmente. O número de contêineres transportados aumentou 11%
para 16,2 milhões de TEUs e o grupo mais do que recuperou o “market
share”(percentual de participação de mercado) perdida em 2010.
Além do mercado de navios, a APM Terminals registrou um
lucro de U$649 milhões de em 2011, 18% abaixo do obtido em 2010 de U$792
milhões. No entanto, disse a empresa, “o lucro foi 24% maior que o de 2010″.
O rendimento de seus terminais de container aumentou 8% em
uma base semelhante e o “ROIC” (retorno por capital investido) caiu 3% pontos
para 13.1%. Em 2010 o ROIC foi de 16%.
“O alto nível de investimento dos anos anteriores
continuou. E, durante 2011, a APM Terminals garantiu ainda novos investimentos
de projetos de desenvolvimentos primariamente em mercados emergentes”, disse o
comunicado da empresa.
Além disso, a Maersk Drilling alcançou um lucro de U$ 495 milhões.
Um aumento de 24%, comparado a U$399 milhões em 2010, devido a maiores taxas
diárias e uma melhor cobertura de contrato. A companhia disse que assinou
vários novos contratos de longo prazo e comprometeu U$ 3,9 bilhões para
investimentos em seis novas plataformas.
E a Maersk Supply Service obteve lucro de U$210 milhões no
ano passado, 4% acima do ano anterior devido ao maior nível de atividade e
taxas locais melhoradas.
A Damco, o grupo de gerenciamento de negócios, frete e
supply chain (cadeia de suprimentos), registrou um lucro de U$65 milhões em
2011, 21 milhões a mais que no ano anterior, que foi atribuido ao frete aéreo
com a aquisição dos serviços NTS de transportes internacionais da China.
Seu negócio de Reboque Oceânico Sviter também experimentou
um lucro de U$133 milhões, contra U$130 milhões do ano anterior.
Para o próximo ano, o Grupo AP Moller-Maersk espera um
resultado positivo menor que o resultado de 2011 e fluxo de caixa para as
despesas de capital no mesmo nível de 2011. Enquanto isso, o fluxo de caixa das
atividades operacionais deverá desenvolver-se em paridade com o resultado.
Para o negócio marítimo, a companhia espera um resultado
negativo em 2012 como consequência do excesso de capacidade (recebimento de
novos navios grandes). Espera-se que a demanda global por contêineres marítimos
aumente de 4 a 6% em 2012, sendo menor nas linhas Ásia-Europa e maior nas
linhas Norte-Sul”.
Espera-se ainda que a APM Terminals tenha um melhor
desempenho do que em 2011, crescendo mais do que o mercado, apoiado por volumes
dos novos terminais adquiridos.
A companhia espera que o resultado total de todas as outras
atividades esteja no mesmo nível de 2011, mas afirma que seu resultado para
2012 está sujeito a uma incerteza considerável não somente devido à evolução da
economia global, mas a mais uma série de fatores.
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