quinta-feira, 29 de março de 2012

Sinaval sai em defesa do EAS


Sindicato da Indústria Naval admite atraso, mas garante que setor nunca deixou de entregar encomendas

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval) negou ontem que esteja havendo uma crise no setor. Falando pela primeira vez sobre o assunto desde que a Samsung Heavy Industries (SHI) deixou de ser sócia do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), o presidente da entidade, Ariovaldo Rocha, reconhece o atraso na entrega de encomendas de navios petroleiros, mas garante que o setor “nunca deixou de entregar navios encomendados no passado”.
“O setor da construção naval não está em crise. Um dos estaleiros apresenta atraso na entrega das encomendas e trabalha para superar essas dificuldades”, disse Ariovaldo em artigo publicado no site do Sinaval. Ele lembrou que a construção do petroleiro João Cândido, o primeiro de uma série de 22 embarcações encomendadas pela Transpetro, é certificada por uma entidade independente, o American Bureau of Shipping. 
Além disso, destaca que o EAS entregou, em dezembro de 2011, o casco da plataforma P-55, da Petrobras, que seguiu para o Estaleiro Rio Grande (RS) para a integração de módulos de operação.
Ariovaldo Rocha classifica a retomada da indústria naval brasileira como um “processo em andamento, com amplo debate entre todos os envolvidos”. O andamento das obras, afirma, está sendo acompanhado de perto e “às claras” pelos agentes financeiros do Fundo de Marinha Mercante (BNDES, Banco do Brasil, Caixa, BNB e Basa). Até o fim de 2011 teriam sido desembolsados, com recursos do FMM, R$ 2,1 bilhões.
O EAS apresentou ao Sinaval informações sobre a construção dos petroleiros, sobre a saída da Samsung e sobre a busca de um novo parceiro estratégico para a construção dos navios-sonda encomendados pela Sete Brasil, que tem a Petrobras como acionista (10%). Extraoficialmente, comenta-se que o estaleiro pernambucano estaria negociando com as japonesas Mitsui e Mitsubishi, além de um estaleiro polonês (Remontowa), a Gdansk e a sul-coreana STX. Leia mais

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