sexta-feira, 15 de junho de 2012

Uma fábrica, muitos sonhos


A Fiat ainda não iniciou as obras em Goiana, mas já trouxe mudanças profundas e fez famílias acreditarem num futuro melhor.
Giovanni Sandes

Na cidade da cana-de-açúcar, só se fala em indústria automotiva. A Fiat ainda não começou as obras de sua fábrica em Goiana, no Litoral Norte, mas já mudou a vida e o modo de pensar de milhares de pessoas no município, parte principal do novo motor econômico de Pernambuco. 
A expectativa pela Fiat fez o mercado imobiliário disparar, cortadores de cana enveredarem pela construção civil, empresas grandes e pequenas investirem em novos negócios e o principal: famílias acreditarem em um futuro melhor para os filhos do que cumprir a sina de pobreza de seus pais.
Desde ontem, os principais executivos da Fiat e jornalistas de todo o Brasil estão no Recife, onde ficam até amanhã para lançar nacionalmente novos modelos da marca. É o primeiro grande evento comercial da montadora no Estado, desde o anúncio dessa indústria gigante, que vai empregar até 7 mil pessoas na construção da fábrica e 4.500 quando ela começar a funcionar, em março de 2014, sem falar nas dezenas de fornecedores.
O investimento italiano de R$ 4 bilhões é um novo marco de estrangeiros na história de Goiana, famosa pelas Heroínas de Tejucupapo, que, em 1646, evitaram que os holandeses saqueassem a cidade. 
Na linha de frente dessa nova história está a estudante Leandra de Santana dos Santos, 18 anos, filha de uma doméstica que sustenta a jovem e seus dois irmãos. Leandra estuda eletrotécnica no Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec) Automotivo.
“Minha mãe fica preocupada um pouco porque é uma área nova, que tem seus riscos. Mas ela me incentiva muito. No futuro, quem sabe, depois de trabalhar para os outros, terei meu próprio negócio”, afirma Leandra. Leia Mais

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