quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Estado perto de consolidar polo eólico em Suape



As apostas do Governo do Estado preveem que, em 12 meses, Pernambuco terá quatro fábricas de grande porte do setor de energia eólica instaladas no Complexo Industrial Portuário de Suape – a Impsa e a Gestamp, em operação, e a LM Wind Power e a Iraeta, já com terraplanagens concluídas. 
É nelas que está a matriz da consolidação do polo eólico planejado para o Estado, com toda grande cadeia que o setor é capaz de atrair. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento de Negócios de Suape, Leonardo Cerquinho, há novas empresas que planejam instalar unidades de grande porte no Nordeste do Brasil, aportando em torno de R$ 300 milhões, e o Estado está “brigando” por elas. “Serão vários empreendimentos nesse tempo, seguramente mais de dez”, comentou.
Foi com intuito principal de fortalecer mais essa cadeia em Pernambuco que o Complexo Industrial Portuário de Suape integrou-se, em agosto, à Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Dessa forma, consolida a mesma ideia que norteia o fórum Suape Global, cujo principal objetivo é fortalecer cadeias de fornecedores locais para que atendam às demandas das maiores empresas e identificar gargalos. “A gente busca se especializar e entrar no setor, para não ser pura e simplesmente um estado querendo atrair empreendimentos, mas ser parte dessa cadeia”, explica Cerquinho. É nesse modelo que o Governo quer engrenar o setor eólico, como já fez com o setor naval.
No caso especifico da cadeia eólica, é necessário que os fabricantes de grandes peças estejam avizinhados, já que se trata de materiais de toneladas. “Estamos conversando de forma bastante avançada com uma empresa fornecedoras para as empresas de aerogeradores. Para eles, é importante estar dentro de Suape, justamente por causa do porte das peças. Mas, no final das contas, o que acontece em Suape é que o processo de desenvolvimento se dá de forma que somente empresas que têm necessidade de ficar lá que ficam”, diz Cerquinho.
A Iraeta é um bom exemplo da formação de uma cadeia mais ampla, já que sua produção atende além do setor eólico. Segundo Cerquinho, a produção da nova fábrica também atenderá as indústrias naval e offshore. “Eles têm, então, a possibilidade de se inserir em duas cadeias produtivas que o Estado de Pernambuco e o Brasil estão querendo desenvolver. Ela vai produzir anéis de aço, que chamamos de flanges, que servem tanto para a parte de torres eólicas, quanto para a parte dos aerogeradores e para a indústria de naval e offshore”.
Fonte: Folha de Pernambuco

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