Novo modelo de qualificação no Polo Naval

O teste para o novo modelo de qualificação do Estado será o projeto do Polo Naval. Na semana passada, na Escola do Senai do Cabo de Santo Agostinho, começaram os primeiros cursos para o Estaleiro STX Promar. A primeira leva será de 200 estudantes e no próximo ano serão 4 mil. Os alunos têm escolaridade mínima de ensino médio e também podem já ter experiência no mercado de trabalho.

Emanuel Demétrius, de 31 anos, foi selecionado para o curso de montador de tubulação industrial. “Fiz curso particular de soldagem e de inspetor de solda, mas ainda não tinha conseguido oportunidade de trabalhar na área. Fiquei apaixonado pela área industrial e naval e estou entusiasmado com a possibilidade de conseguir uma vaga no Promar, que está em construção”, diz.

Quando esteve em Pernambuco no lançamento do programa de qualificação, no final do mês passado, o presidente do STX Promar, Miro Arantes, também sintetizou a preocupação dos empresários com o problema crônico de mão de obra. “Antes mesmo de iniciar a operação do estaleiro (prevista para junho de 2013), estamos levando pernambucanos para fazer treinamento no nosso estaleiro em Niterói”, comentou. A ideia da empresa é levar novas turmas de 100 profissionais até entrar em funcionamento”, adianta.

O projeto de qualificação é uma parceria entre os estaleiros do Estado (EAS, Promar e CMO), prefeituras e instituições de ensino (Senai, Instituto Federal de Pernambuco e escolas técnicas estaduais). A intenção é se alinhar às necessidades do polo naval e de toda a cadeia metalmecânica de fornecedores dos estaleiros. “Não adianta ter um soldador ou caldeireiro com formação genérica. É necessário ter habilidade para atuar na indústria naval”, pondera o secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antônio Carlos Maranhão.

Djean Batista da Silva, de 22 anos, conta que atuou nos setores de comércio e de serviços, mas que não tinha experiência na indústria. “A tendência é que Pernambuco se transforme num dos Estados mais importantes na atividade industrial do País e não quero ficar de fora”, diz o aluno do polo naval, que concluiu o ensino médio em 2010.

Fonte: JC Online