O governo de Pernambuco publicou nesta quinta (31) o decreto de desapropriação de uma gigantesca faixa de terras que equivale a quase um Bairro de Boa Viagem e meio. São 868 hectares por onde passará o Arco Metropolitano, uma rodovia de 77 quilômetros orçada em R$ 1,21 bilhão que será viabilizada por uma concessão à iniciativa privada.
Seu objetivo será criar uma rota expressa contornando o núcleo adensado do Grande Recife e desafogando o trecho urbano da BR-101.O governo ainda não fala em prazos, mas já tomou a decisão de tirar do papel a ideia, inspirada no Rodoanel de São Paulo e no Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.
Apesar da desapropriação ter sido publicada no Diário Oficial do Estado de ontem, quando procurado o governo não forneceu mais informações sobre o Arco. O mapa no lado direito desta página foi extraído do Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do Arco Metropolitano, a que o JC teve acesso e você pode ver na íntegra, no JC Online.
Os estudos do projeto foram conduzidos pela Odebrecht Transport em sociedade com a Invepar e a Queiroz Galvão. O Arco ligará a BR-101 norte (em Igarassu, perto da fábrica da Nobel) à BR-101 sul, na rotatória do Hospital Dom Helder.
Atualmente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o governo estadual trabalham juntos para validar os resultados do estudo, que teriam apontado a viabilidade do projeto como uma parceria público-privada (PPP). A decisão final de como sairá o projeto, porém, será dada pelo governo estadual.
O EIA/Rima mostra o Arco Metropolitano divido em três trechos: norte, oeste e sul. Apenas este último já entraria em operação duplicado e com cobrança de pedágio. Ele terá 24 quilômetros e ligará a BR-101, perto do Hospital Dom Helder, à BR-232.
Os outros trechos de rodovia só passarão por duplicação caso haja demanda de tráfego. Os estudos mostram que os 77 quilômetros de pista têm prazo de obras estimado em 36 meses.
O Arco Metropolitano será a terceira rodovia com pedágio em Pernambuco. A primeira foi o acesso viário à Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, com a concessionária Rota dos Coqueiros.
A segunda está prevista para entrar em operação em outubro deste ano: a Via Expressa, também conhecida pelo nome em inglês Express Way, um novo sistema de acesso ao Complexo Industrial Portuário de Suape misturado com uma estrada de 43 quilômetros rumo a Porto de Galinhas.
MUITO BOM, PORÉM, OS TRABALHADORES QUE DEPENDEM DA ESTRADA PARA ESCOAR SEUS PRODUTOS COMO IRÃO FICAR, SERA QUE FIZERAM OS ESTUDOS PENSANDO TAMBÉM NELES, OU VÃO FICAR EXCLUIDOS E ISOLADOS, ONDE NÃO PODERAM PASSAR PELA ESTRADA, POIS NÃO TERÃO CONDIÇÕES DE PAGAR O TAL PEDÁGIU.
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