A Triunfo Participações e Investimentos (TPI) informou ontem que o crescimento lento no setor de cabotagem (navegação entre portos) levou a companhia a decidir "remodelar" o negócio. Segundo Sandro Lima, diretor de relações com o investidor da TPI, o mercado deve aguardar nos próximos meses uma "decisão estrutural" sobre o assunto.
Lima disse que o crescimento no setor não veio na velocidade que o grupo imaginava. "Com essa estrutura de custo, dada a demanda, ele vai demorar mais do que imaginávamos para atingir o ponto de equilíbrio, e entendemos que não podemos aguardar mais esse crescimento, mais lento que esperávamos", afirmou ele em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.
Lima não detalhou o processo e não esclareceu se as operações envolviam venda de participação, por exemplo. "Temos vários cenários em negociação. Podem aguardar, no curto prazo, nos próximos meses, uma decisão estrutural que envolve medidas para equacionar esse negócio", disse o executivo.
A empresa atua em cabotagem por meio da controlada Maestra Logística, com cerca de 60% de participação.
A Triunfo informou também que o governo federal autorizou o início de obras que exigem R$ 250 milhões a serem realizadas pela subsidiária Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer). Essa é a verba alocada para os investimentos necessários na rodovia para a duplicação da Serra de Petrópolis. No entanto, segundo a companhia, a rodovia exige investimentos que somam mais R$ 750 milhões. Isso somaria R$ 1 bilhão em investimentos totais. A diferença entre os R$ 250 milhões e o R$ 1 bilhão será bancada pelo governo, segundo Lima.
"Hoje as negociações convergiram para o governo fazer essa obra por meio da Concer. A Concer faz com recursos próprios os R$ 270 milhões e o governo banca a diferença até um bilhão", disse, a regulamentação sobre o pagamento da diferença ainda não está definida.
Fonte: Valor Econômico/Fábio Pupo
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