quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Aliança ´batiza´ navio de contêineres no Pecém



Em meio aos problemas no transporte de cargas no Ceará e no País, com estradas de elevado custo logístico e ferrovias que ainda não "entraram nos trilhos", o modal marítimo de cabotagem (de pequeno curso) avança; de olho fluxo no fluxo crescente de mercadorias, produtos e insumos no mercado interno e com a expectativa de que a nova Lei dos Portos seja para valer, a Aliança Navegação e Logística anunciou investimentos de R$ 450 milhões na aquisição de quatro novos porta-contêineres, que irão operar de norte a Sul do litoral brasileiro.

O anúncio da renovação de parte da frota de cabotagem da empresa foi feito na tarde de ontem, pelo diretor-superintendente da Aliança, Julian Thomas, durante solenidade de batismo do novo porta-contêineres, "Américo Vespúcio", no Porto do Pecém. Com 228 metros de comprimento, 37,3 metros de largura e capacidade 3.800 teus, o navio tem como madrinha de batismo, Consuelo Dias Branco, esposa do empresário Ivens Dias Branco, presidente do Conselho administrativo do grupo M. Dias Branco, um dos principais clientes da transportadora.

Rota semanal

Construído na China, por falta de capacidade produtiva dos estaleiros brasileiros, a embarcação iniciou operações em 23 de agosto último. O navio fará a cabotagem entre os portos de Manaus (AM), Pecém (CE), Suape (PE), Sepetiba (RJ), Santos (SP) e Itapoa, (SC).

Segundo Julian Thomas, as quatro embarcações já estão em operação, o que representa incremento da ordem de 30% no volume transportado pela companhia. Conforme disse, no ano passado, a Aliança movimentou 170 mil teus no serviço de cabotagem, dos quais 30 mil teus, no Porto do Pecém. A partir de agora o terminal terá uma rota semanal da Aliança.

Competitividade

Para ele, esse volume poderia ser maior, se a estrutura portuária do País fosse melhor organizada e se houvesse integração entre os modais de transportes marítimo e rodoferroviário. "Nossa maior expectativa é que a Lei dos Portos seja regulamentada, que venha para valer", declara Thomas, para quem o Porto do Pecém, com os investimentos que vem recebendo da União e do Estado, está no "curso" certo.

Ele evita falar em custos portuários no Ceará, mas lembra que "competitividade se faz com volume" (de cargas). "O Pecém movimentou em 2012, 190 mil teus, enquanto Suape movimentou 320 mil teus", comparou.

O superintendente da Ceará Portos, Erasmo Pitombeira, reconhece as limitações do Pecém, mas diz que com a chegadas de dois portêineres (grandes guindastes), em 2014, a conclusão das vias de acesso (CE-085) e a abertura do Canal do Panamá, "em cinco anos, o Porto do Pecém vai surpreender".

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO

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