quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Porto de Paranaguá: Cerca de 21% dos contêineres exportados pelo Terminal chegarão via ferrovia.



Um ano após iniciar um projeto de investimentos para fortalecer o modal ferroviário, como opção de transporte de contêineres entre exportadores e o Porto de Paranaguá, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), segundo maior terminal de contêineres da América do Sul, está atraindo para suas operações cargas que antes não passavam pelo Terminal, provenientes de exportadores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Atualmente, cerca de 12% dos contêineres movimentados mensalmente pelo Terminal chegam ao TCP por meio dos dois ramais ferroviários, que acessam diretamente o pátio. “Movimentamos, em média, 40 mil contêineres por mês, sendo que, hoje, mais de 5.000 são movimentados via ferrovia”, afirma Luiz Antonio Alves, CEO do Terminal, acrescentando que esse volume de transporte ferroviário de contêineres é o maior do País. Cargas refrigeradas (em especial, frango e bovinos), madeira e soja estão entre os setores que mais utilizam o modal.

Alves informa que, até um ano atrás, o volume era de 1.600 contêineres/mês transportados via ferrovia. “Com a criação de nossa subsidiária de logística integrada, o TCP Log, passamos a investir no modal ferroviário, para torná-lo uma alternativa efetiva e competitiva de transporte entre o produtor e o porto, assim como acontece em outros países.”

Para isso, o TCP fez parcerias estratégicas com a Brado Logística, armadores e exportadores, além de investir na duplicação da linha ferroviária, em novos e modernos equipamentos (Reach Stakers, entre outros) e na melhoria da gestão operacional.

Utilizado, com sucesso, em portos de referência em todo o mundo, como em Nova Iorque (Estados Unidos), Mumbai (Índia), Roterdam (Holanda) e Antuérpia (Bélgica), locais onde responde, muitas vezes, por mais da metade do volume movimentado no terminal, o modal ferroviário oferece diversas vantagens para o transporte de contêineres. Além da segurança e dos custos até 30% mais competitivos, ele emite 67% menos CO2 na atmosfera, em comparação ao modal rodoviário, e tem maior confiabilidade no tempo de trajeto.

O CEO do TCP destaca que a demanda reprimida dos clientes por um transporte mais eficiente na ferrovia já atinge 9.000 contêineres mensais, o que deve impulsionar, ainda mais, a movimentação desse modal no terminal. “Além das cargas que estamos atraindo para Paranaguá, acreditamos que o volume de soja transportado em contêineres por trilhos crescerá significativamente.”

Outra iniciativa do TCP será a utilização do modal ferroviário para o transporte de cargas de importação, projeto que deve ter início no primeiro trimestre de 2015. No modelo, as cargas importadas serão nacionalizadas dentro do TCP e, posteriormente, transportadas por meio de ferrovia para os postos avançados, que o Terminal mantém em sua área de influência. “Com uma boa gestão do fluxo de produtos e insumos exportados via modal ferroviário, utilizaremos os contêineres que retornariam vazios para o transporte de importação, otimizando o tempo de trânsito para exportadores e importadores, além de permitir reduções de custos para nossos clientes e economias de escala”, explica Alves.

Fonte: Revista Tróffer Transportes.

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