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Complexo de Suape vai contar com uma diretoria de Meio Ambiente e
Sustentabilidade. O governo do Estado publicou, no último sábado, um decreto
alterando o estatuto social da empresa. A nova diretoria será ocupada pelo
ex-secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bernardo D’Almeida.
Além da área de meio ambiente, Suape também terá uma diretoria de Relações
Institucionais.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e
presidente do Porto de Suape, Thiago Norões, explica que vários fatores
motivaram a criação da diretoria de Meio ambiente e Sustentabilidade.
“O primeiro foi a necessidade de separar a área de meio ambiente da Engenharia, em função de conflitos de interesse entre as duas diretorias. O segundo é a crescente demanda ambiental, exigindo uma gestão dedicada ao tema. E o terceiro fator é a sustentabilidade, que inclui as questões sociais”, observa. Antes, a diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio abrigava a área social. Suape conta com 27 comunidades de moradores vivendo em seu território.
“Bernardo D’Almeida é auditor da Fazenda, mas tem experiência
na área social. Atuou no Pacto Pela Vida e comandou a Secretaria de
Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Conhece bem os programas sociais”,
destaca Norões. O secretário adianta que o restante dos diretores
(Vice-presidente, Planejamento e Gestão, Engenharia, Gestão Portuária, Gestão
Fundiária e Patrimônio, Administração e Finanças e Relações Institucionais)
serão definidos até o final desta semana e anunciados na próxima sexta-feira.
Norões afirma que a diretoria de Meio Ambiente e
Sustentabilidade vai dar andamento aos programas já existentes e lançar novas
iniciativas. Uma delas é trabalhar em parceria com as prefeituras municipais do
Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, que sofrem impacto direto dos
empreendimentos de Suape.
AMBIENTAL
Dos 13,5 mil hectares do Complexo de Suape, 59% são
destinados à preservação ambiental. No balanço de 2014, divulgado pela
diretoria do porto no final do ano passado, as ações socioambientais já
apareciam como estratégia em destaque. As ações incluem desenvolvimento de
Programas Básicos Ambientais (PBAs), plantio de mudas nativas da Mata
Atlântica, diagnóstico e reflorestamento de áreas degradadas, recolhimento e
tratamento de resíduos sólidos por meio de um Centro de Triagem instalado na
zona portuária.
Na tentativa de promover a consciência ecológica dos
moradores das comunidades e dos colaboradores das mais de cem empresas do
Complexo, Suape criou o Programa de Educação Ambiental (PEA). São cursos que
relacionam desenvolvimento econômico, conservação ambiental e recuperação dos
recursos naturais do Complexo.
No ano passado, Suape restaurou 413 hectares de mata
atlântica, produziu 336,1 mil mudas de espécies de mata atlântica, doou 3.030
mudas para projetos de restauração ambiental em Pernambuco, aprovou a criação
de uma unidade de conservação ambiental Ipojuca/Merepe e abriu 570 vagas em
cursos ambientais gratuitos no Complexo.
Fonte:
Portos
e Navios
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