quinta-feira, 16 de abril de 2015

HAMBURG SÜD RECLAMA DE ESTRUTURA PARA CONTÊINERES EM SUAPE


“O terminal não atende mais o mercado. Foi o recado que demos à nova administração”, assegurou o gerente de Cabotagem da Aliança, subsidiária da Hamburg Süd, Gustavo Costa. Segundo ele, o crescimento da companhia – o maior armador que atua no complexo industrial portuário – está represado pela falta de estrutura necessária no porto pernambucano.


“O porto de Suape está no limite da capacidade operacional na parte do contêineres. Se quiser aumentar a movimentação, tem que aumentar a janela operacional”, afirma. O gerente relata que a companhia já representou 90% da carga movimentada por contêiner no complexo. “Tiramos o serviço da Ásia de lá pelas limitações”, conta. No ano passado, a Aliança/Hamburg Süd movimentou 91 mil TEUs (medida padrão que corresponde a um contêiner de 20 pés), cerca de 20% da carga de Suape.

No entanto, a administração do complexo assegura que “o terminal arrendado ao grupo Internacional Container Terminal Service (ICTIS), tem capacidade para movimentar até 750 mil TEUs, o que permite a ampliação da movimentação na operação de qualquer um dos armadores que utilizam o terminal”. Em 2014, Suape movimentou 418 mil TEUs. “Suape tem capacidade para absorver a demanda futura na movimentação de navios e contêineres”, reforça o texto da nota.

Outro ponto que, de acordo com Costa, gera um entrave na movimentação da Aliança é a necessidade de imprimir notas fiscais eletrônicas. “Isso é só em Suape”, garante. Ele calcula que a movimentação semanal da empresa gera cerca de quatro mil documentos, que precisam ser impressos em duas vias para serem carimbados.

A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) argumenta que os transportador tem que apresentar uma via do Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) da carga e que, muitas vezes, a código da Danfe não está legível, e é pedida uma nova cópia. A Sefaz informa ainda medidas para melhorar o processo: está em fase de conclusão um sistema que permitirá a incorporação de todas as notas de uma carga sem a apresentação do Danfe.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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