domingo, 13 de dezembro de 2015

HAPAG-LLOYD ANUNCIA AUMENTO DE CAPACIDADE PARA O MERCADO BRASILEIRO


Com o fim do processo de integração com a CSAV, a Hapag-Lloyd anunciou em São Paulo novidades para o mercado brasileiro. A primeira delas é um aumento de capacidade na ordem de 5% para 2016, basicamente com a introdução de novo serviço para o oeste da África, aumento de capacidade do Brasil para a América do Norte e ainda uma cobertura melhor para o mercado do Oriente Médio com três serviços por semana, lembrando que o mercado do Oriente Médio é o que
vem apresentando as melhores taxas de crescimento dos últimos anos.

O CEO Global da companhia, Rolf Habben Jansen, disse que o Brasil é um mercado fundamental para a Hapag-Lloyd, pois cerca de 8% de todos os contêineres embarcados no mundo pela empresa passam pelo Brasil. No ano passado, dos 7,5 milhões de TEUs movimentados, 700 mil foram no Brasil, tanto em exportação quanto em importação. Para esse ano, a estimativa é chegar a 650 mil TEUs.  No país, a Hapag-Lloyd ocupa o terceiro lugar entre as companhias marítimas de transporte de carga.

Para Richards, vice presidente para o Brasil, o maior problema hoje está no desequilíbrio entre exportação, que cresceu 6%, e a importação que registra queda acentuada. “O desequilíbrio entre o que vem e o que vai aumenta os custos operacionais”, disse.

A visita da alta cúpula ao Brasil acontece dias depois da abertura de capital da empresa. O IPO gerou receitas brutas de US$ 300 milhões, valor a ser convertido em investimentos. “Estamos investindo U$ 800 milhões ao ano, recebemos sete novas embarcações e encomendamos mais cinco, fora os 16.000 novos TEUs reefer”, explicou o CEO, dizendo que a maior parte destas aquisições é para atender o mercado latinoamericano. Juntamente com Jansen, estiveram em São Paulo Thorsten Haeser, CCO (Chief Commercial Officer), e Andrés Kulka, diretor para a América do Sul. De São Paulo, os três seguem para Argentina e Chile, onde também se reúnem com as equipes locais e visitam clientes estratégicos.

“A integração com a CSAV trouxe vantagens competitivas para a Hapag-Lloyd e estamos prontos para crescer no ritmo do crescimento das exportações no Brasil”, disse Juan Pablo Richards, vice-presidente da Hapag-Lloyd no Brasil. Para o executivo, a empresa busca um crescimento sustentável e a indústria, ao longo dos anos, tem registrado um crescimento de aproximadamente 5% ao ano, baseado nas exportações brasileiras.

Mesmo com uma alta expressiva no faturamento, pulando de 1,9 bilhão de euros nos primeiros nove meses de 2014 para 6,8 bilhões de euros no mesmo período este ano, com uma alta de 28,3% no volume transportado, a Hapag-Lloyd deve fechar o ano com uma perda de volume 3% ou 4%, levando em conta os resultados das duas empresas – Hapag-Lloyd e CSAV – no ano passado, e já era esperada em função do processo de integração das duas empresas.

De acordo com Kulka,  mesmo com o cenário econômico não tão favorável no Brasil, na Argentina e na Venezuela, o posicionamento da Hapag-Lloyd é otimista para a América do Sul. “Hoje oferecemos ao cliente uma cobertura mais completa com conexões melhores para todo o mundo, e um diferencial, o transporte de carga refrigerada, cuja demanda é crescente”, finaliza.


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