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Wilson Sons Logística está diversificando os tipos de cargas que opera, uma
forma de expandir o negócio e compensar a queda no comércio exterior de
contêineres. A unidade localizada na retaguarda do porto de Suape (PE) recebeu
autorização em outubro para operar cargas da navegação doméstica (cabotagem),
mercado que tem aumentado e ajudado a sustentar os volumes portuários no Brasil
neste ano. O objetivo da Wilson Sons Logística é ser líder na operação dos
volumes de
cabotagem que passam pelo porto pernambucano, mas não só de
contêineres.
A empresa aposta também no fluxo doméstico das cargas de
projeto, assim conhecidas as peças de grandes dimensões. Recentemente criou um
departamento para cuidar do nicho. Apesar de o departamento atender às duas
plataformas regionais da companhia (além de Suape a empresa tem uma plataforma
paulista), haverá uma priorização inicial para a unidade do Nordeste, onde o
mercado de cargas de projeto está muito aquecido devido à construção de parques
de energia eólica.
Thomas Rittscher III, diretor executivo da Wilson Sons
Logística, diz que a meta é responder por pelo menos 50% do movimento de carga
de projeto do porto de Suape. No contêiner a empresa tem hoje cerca de 10% da
fatia movimentada no porto. Os volumes são basicamente carga de importação,
onde atua mais fortemente.
Rittscher enfatiza que a estratégia da empresa é ser um
provedor logístico completo. A plataforma de Suape tem cerca de um ano de
operação. O complexo é chamado de plataforma porque reúne centro de
distribuição, porto seco - armazém alfandegado pela Receita Federal onde são
adiantados procedimentos de comércio exterior - e transporte rodoviário
integrado.
"Apesar desse pessimismo geral, temos enxergado
oportunidades. E um fator importante é que estamos com a perspectiva de ser um
operador logístico, de achar soluções customizadas integrais para o nosso
cliente, e não apenas com nossos ativos", diz o executivo. Entre esses
serviços, está, por exemplo, soluções "in house", feitas nas empresas
dos clientes.
A unidade da Wilson Sons fica a um quilômetro da entrada do
porto de Suape e a dez quilômetros do cais. Segundo o executivo, "o
desenho da plataforma logística" leva em conta também um terminal
portuário, por onde a carga entra e sai. "É fundamental", afirmou
Rittscher.
O grupo ainda não possui ativo no porto de Suape e "tem
total interesse" em participar da licitação do novo terminal de
contêineres que será arrendado. A licitação promete ser uma das mais disputadas
do programa de modernização portuária do governo. Consta do segundo bloco de
arrendamentos, que reúne 21 áreas e cujos editais devem ser lançados no
primeiro semestre de 2016.
A Wilson Sons Logística integra o grupo Wilson Sons, um dos
maiores operadores integrados de logística portuária e marítima e soluções de
cadeia de suprimento no Brasil.
Fonte: Portos
e Navios
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