segunda-feira, 7 de março de 2011

Gol Logístico

Quando se fala em gol, o brasileiro imediatamente pensa em futebol. Mas o termo, em seu original inglês, significa meta, objetivo. De fato, em meio a uma partida de futebol, a meta dos jogadores é balançar a rede adversária, configurando o gol, o cumprimento de seu objetivo em campo.

Então, tá. O Brasil tem uma meta a cumprir, que é preparar toda a sua infraestrutura para a próxima Copa do Mundo. Até os portos e as estradas entram na jogada, nem que seja pela priorização das estruturas de acesso aos estádios, deixando-se para as calendas gregas tudo o que se refira à economia nacional. Navegar é preciso, viver não é preciso, já dizia Fernando Pessoa. Poeta, podia sonhar assim.

Em Fortaleza, uma das cidades-sede da Copa de 2014, a expectativa é grande, falando-se em investimentos de R$ 19 bilhões, como consta no Plano de Transporte e Logística 2011 elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), compreendendo melhorias no metrô, na malha viária e no Veículo Leve sobre Trilhos (VLTs) da Região Metropolitana de Fortaleza.

 E quase R$ 10 bilhões são precisos para melhorar os meios de escoamento da produção no Ceará, conforme o relatório 2009 do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), o mais recente, saudado como um avanço por contemplar metas de longo prazo (até 2025), entre elas a implantação da Ferrovia Transnordestina



Cita o Diário do Nordeste que, com aquela ferrovia, esse modal alcançará em 15 anos participação de 35% entre todas as matrizes de transporte, enquanto o aquaviário chegará a 29%, quase empatando com o rodoviário (30%).

Essa é a meta – ou, se preferirem, este é o gol – mudar a matriz de transportes, para um padrão menos poluente e mais econômico. Mas que não seja só no Ceará, nem para a Copa 2014.

Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=41998

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