terça-feira, 31 de maio de 2011

Petrobras dá prazo até agosto para venezuelanos

Estatal do país tem sociedade de 40% em refinaria em Suape



Com o início da operação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) para 2012, a Petrobras vai esperar até agosto deste ano por um posicionamento da estatal venezuelana PDVSA com relação à sociedade de 40% no empreendimento, localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape.

O prazo é baseado no tempo que resta para o fim estimado dos recursos do empréstimo concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com o presidente da Rnest, Marcelino Guedes, uma resposta negativa da PDVSA não inviabiliza o empreendimento ou prejudica o cronograma das obras.

Se for o caso, a Petrobras também deixa de adquirir um equipamento que retira enxofre do petróleo, economizando U$ 400 milhões.

Até agora, segundo o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a estatal brasileira já aplicou cerca de R$ 7 bilhões dos R$ 26 bilhões previstos até o fim das obras.

Desse montante, R$ 16 bilhões são recursos de caixa. “A PDVSA precisa começar a fazer jus ao que já foi investido pela Petrobras. Hoje, ela nem está fora, nem dentro, mas a Refinaria já é uma realidade e uma prioridade para a Petrobras”, disse Costa.

Nesta fase de obras, a Rnest emprega pouco mais de 23 mil profissionais; quando começar a operação, esse número cai para cerca de 1,6 mil.

A Rnest é a primeira refinaria projetada no Brasil a processar petróleo pesado, com capacidade diária de refino de 230 barris (11% da capacidade atual do País) e 70% da sua produção será de óleo die­sel (26 milhões de litros/ dia), atendendo prioritariamente à demanda das regiões Norte e Nordeste. “O diesel é o derivado mais consumido do Brasil e nosso objetivo é tornar o País autossuficiente na produção”, explica Guedes.

A previsão inicial era de que a operação da Refinaria começasse em 2011. Costa disse que várias licitações foram canceladas por serem “frustradas em termos de preços” e isso resultou em uma economia de R$ 6 bilhões. A chuvas também tem atrapalhado o andamento das obras.

 A terraplanagem da área de 6,3 km² começou em setembro de 2007. “Queremos que haja óleo correndo nas tubulações ainda em 2012”, disse Costa. A Rnest será autossuficiente em energia elétrica e demandará dois mil me­­­tros cúbicos de água por dia.

Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-economia/640681?task=view

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