segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

De cidade dormitório a polo industrial



Anseio de um progresso contínuo. O lema do município de Escada, fundado há quase 140 anos, não poderia ser mais atual. A cidade, que sempre teve sua economia baseada na cana-de-açúcar e costumava servir de dormitório para aqueles que trabalhavam nos municípios vizinhos ou no Recife, agora está se destacando também na indústria.

Nove empresas já estão em operação no distrito industrial (DI) e outras nove estão em processo de instalação, a maioria de olho no desenvolvimento do Complexo Industrial Portuário de Suape. Juntas, elas significam investimentos de R$ 143,8 milhões, com geração de 2,4 mil empregos.

Situada às margens da BR-101, na Mata Sul, a 50 quilômetros do aeroporto, a 30 quilômetros de Suape e também a 30 quilômetros da BR-232, o grande trunfo de Escada está em sua posição logística. Sete capitais nordestinas estão a cerca de 800 quilômetros e, para completar, a ferrovia Transnordestina cortará a cidade. “Essa condição já fez com que Escada fosse mapeada até por empresas de fora do país”, diz Fernando Clímaco, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.

Mas essa vantagem logística não tinha visibilidade até pouco tempo atrás. Além das usinas de açúcar e destilarias de álcool, a única indústria que funcionava em Escada pelo menos até os anos 2000 era a Companhia Industrial Pirapama, da área têxtil. Aos poucos, outras foram chegando. A Soprano e a Ghel Plus foram as primeiras, seguidas pela Tigre. “Aí a refinaria e o estaleiro começaram a se instalar em Suape e nós começamos a vender a cidade como possível destino para empresas”, completa Fernando.

Por causa de Suape, estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) do município, atualmente em R$ 327,1 milhões, irá dobrar nos próximos cinco anos, posicionando-se entre as vinte maiores economias do estado. Hoje é a 27ª. Os primeiros resultados já começam a aparecer. No último levantamento divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, referente ao mês de novembro, Escada foi o 11º município que mais gerou empregos com carteira assinada em Pernambuco. Leia mais



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