terça-feira, 15 de maio de 2012

Shacman é confirmada em PE




A divisão brasileira da chinesa Shacman, a Metro Shacman, se pronunciou ontem, pela primeira vez, desde o anúncio de que Caruaru terá uma fábrica de caminhões e ônibus, feito há uma semana pelo governador Eduardo Campos. O diretor executivo da Metro Shacman, Rodrigo Teixeira, conversou com o JC sobre a desconfiança quanto ao anúncio, a atual fase embrionária da fábrica e afirmou que, até o projeto ser detalhado, qualquer dado referente ao empreendimento é uma ordem de grandeza, não dado concreto.

Desde o anúncio feito pelo governador, há uma semana, o JC tenta contato direto, sem retorno, com a Qingong International, chinesa dona de 11 companhias, entre elas a Shaanxi Automobile Group (SAG), controladora da Shacman. No último sábado, porém, o jornal Folha de São Paulo publicou matéria segundo a qual a direção da SAG na América Latina nega haver acordo com Pernambuco sobre uma fábrica.
Segundo Rodrigo, contudo, a Shacman estaria confirmada no Estado e faltaria só detalhar o projeto. “Uma comitiva de executivos e do pessoal de engenharia vem a Pernambuco na primeira quinzena do mês que vem fazer o anúncio oficial”, sustenta Teixeira.
A assessoria de imprensa do governador anunciou como certa a cifra de investimento de R$ 1 bilhão, além de 1.000 empregos diretos, na fábrica. Rodrigo diz que os números são uma ordem de grandeza – ainda não se pode detalhar o projeto.
O executivo comentou ainda que a Shacman trará uma fábrica, não uma CKD – hipótese em que os veículos teriam todas as partes importadas prontas, apenas desmontadas. “Vamos começar com uma quantidade menor de componentes locais. Mas no prazo de 3 anos vamos passar de 8% a 10% para 15% de componentes brasileiros para 65% e aproveitar o regime automotivo brasileiro [de benefícios fiscais condicionados à nacionalização”, complementa o diretor executivo.
Segundo ele, “é natural, pelo porte da fábrica”, não haver ainda definição quanto à composição dos recursos para o projeto. “A Shaanxi tem 30 fábricas apenas na China. Eles têm um departamento encarregado só disso. A construção da fábrica será rápida, modulada. Quanto à fase de produção, é um processo complexo, que depende da definição de sistemistas e fornecedores”, afirma Teixeira.
JORNAL DO COMMERCIO

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