Especialista
prevê caos logístico neste ano
O especialista
em agronegócio e energia, Marcos Jank, ex:presi- dente da União da Indústria de
Cana de Açúcar (Unica), prevê um caos logístico no Brasil este ano. Com uma
safra recorde e portos despreparados, 2012 será o pior ano do setor, o que já começa
provocar dúvida entre clientes estrangeiros sobre a capacidade do País de
conseguir entregar os produtos dentro do prazo.
A soja e o milho
estão chegando nos portos ao mesmo tempo que o açúcar e os fertilizantes que
estão sendo importados.” Em um ano, explica Jank, o aumento no volume de soja e
milho exportado será de 40%. Na avaliação dele, apesar das estradas
deterioradas, o pior problema está nos portos, que sofrem com a concentração de
cargas.
Sem rotas para
escoar a produção pelos portos do Norte, os produtores mandam boa parte da
carga para os portos do Sul e Sudeste/apesar de terem de percorrer milhares de
quilômetros. Segundo Jank, 6o%da produção de grãos está no cerrado brasileiro,
no Norte do Mato Grosso, Bahia e Goiás. Desse produção, apenas 14% são
exportados pelos portos do Norte. Os resto, 86%, saem pelo Sul e Sudeste.
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) também está preocupada com os
problemas de logística que atrapalham o escoamento da produção brasileira. As dificuldades
de movimentação da safra tem sido tema de discussões e estudos que estão sendo
levados ao governo federal. Para a entidade, está sendo um enorme desafio
transportar as 81 milhões toneladas de soja, além das outras 73 milhões de
toneladas de milho e mais 28 milhões de toneladas de outros t grãos para os
centros de consumo e portos de exportação.
Problemas
estruturais de infraestrutura logística têm sido amplamente debatidos, mas a
solução para os mesmos ainda está longe de contribuir para o aumento de
competitividade da produção agropecuária brasileira. As distâncias são longas,
o transporte hidroviário é precário e os fretes rodoviários e ferroviários são
elevados no Brasil, porque a demanda por serviços de logística de transporte é
maior do que a oferta.
Fonte: Comexblog
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