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Porto de Santos não autoriza o armazenamento de produtos perigosos para a
cabotagem, fato esse que gerou uma grande surpresa para alguns executivos do
setor. É o caso de Gésio Pereira, gerente de
projetos da SC Johnson. Segundo o
executivo, a restrição de produtos perigosos para a cabotagem no porto, foi uma
grande surpresa, já que gera um novo custo para a companhia.
De acordo com o executivo, a empresa, atualmente, possui uma
rota de Manaus – Cajamar, onde se localiza o centro de distribuição, e, nesta rota,
a cabotagem faz todo o sentido. Segundo Pereira, em 2011 foi feito embarques
testes por meio da cabotagem, porém, o modal não se tornou viável por ser mais
caro que o transporte pela estrada. No ano seguinte, na rota Manaus-Santos, a
empresa voltou a tentar a cabotagem.
Ele explicou ainda que com o CD (Centro de Distribuição)
operando com capacidade máxima, a companhia tinha que transportar uma grande
quantidade de contêineres e ainda lidar com os custos extras como, por exemplo,
a restrição de armazenamento de produtos perigosos em Santos. Novamente, a
cabotagem não se tornou viável. Em 2013, porém, o CD principal da empresa foi
para Cajamar e a principal operação da SC Johnson, entre Manaus – Santos, teve
uma auditoria que ainda precisava lidar com novas regras da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) para transportar as cargas.
Com base nesta nova realidade, a empresa passou a olhar
novamente para a cabotagem, fato que hoje levou a empresa a estar em fase de
testes e ajustes de estoque e operacionais para definir o uso do modal. “No ano
que vem, devemos estar operando 100% com a cabotagem e isso só não aconteceu
antes, por conta da restrição de armazenamento de cargas perigosas em Santos, o
que encarecia nossa movimentação, mas estamos apostando no modal e acreditamos
que em 2016, pelo menos 10% da nossa carga estará neste modal”, conta.
Fonte:
Guia Marítimo - Andrezza Queiroga e Kamila Donato
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